A operação contra influenciadores no Rio foi deflagrada nesta segunda-feira, dia 8, pela Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática (DRCI), com foco em uma rede suspeita de incentivar rachas, pegas e manobras perigosas em vias movimentadas da capital fluminense. A ação acontece simultaneamente nas zonas Norte e Sudoeste do Rio e também na Baixada Fluminense.
De acordo com a Polícia Civil, agentes cumprem mandados de busca e apreensão em diversos endereços ligados aos investigados. Durante as primeiras horas da operação, foram apreendidos carros de luxo, motocicletas e quadriciclos. Até o início da manhã, ao menos quatro suspeitos já haviam sido presos em flagrante.
Segundo o delegado Luiz Lima, titular da DRCI, além das práticas perigosas no trânsito, as investigações também identificaram exploração de jogos ilícitos por meio dos celulares apreendidos durante a operação.
— Quando examinamos celulares, vimos que faziam exploração de jogos ilícitos — explicou o delegado, em entrevista ao Bom Dia Rio, da TV Globo.
Um dos principais alvos da operação ficou conhecido após divulgar nas redes sociais um vídeo em que transitava com uma moto aquática adulterada pela Ponte Rio-Niterói, em janeiro deste ano. O próprio condutor publicou as imagens, nas quais chamava o veículo de “motojet”.
As investigações tiveram início após a circulação de vídeos nas redes sociais mostrando os suspeitos realizando rachas, empinando motos e bicicletas e cometendo outras condutas de alto risco em vias de grande circulação. Segundo a polícia, os influenciadores usavam esse tipo de conteúdo para se promover, ganhar notoriedade digital e obter lucro.
O inquérito aponta que os envolvidos formaram uma rede organizada de perfis digitais voltada à promoção de práticas ilícitas no trânsito, além de delitos como adulteração de sinal identificador de veículo, receptação e apologia ao crime. A atuação coordenada incluía postagens sincronizadas, uso das mesmas hashtags e participações conjuntas nos conteúdos.
A investigação também identificou a divulgação e participação dos suspeitos em eventos clandestinos com ostentação de motocicletas e veículos de alto valor. Nesta fase da operação, o objetivo das equipes é interromper a continuidade dos crimes e impedir a promoção dessas práticas como forma de entretenimento nas redes sociais.
Além das prisões e apreensões, os agentes buscam recolher celulares e outros dispositivos eletrônicos que possam fornecer novas provas, permitir a identificação de outros envolvidos e ajudar na localização de bens usados nas atividades ilegais.
Os influenciadores são investigados pelos crimes de atentado contra a segurança dos meios de transporte, adulteração de sinal identificador de veículo, incitação ao crime e associação criminosa.





