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Opinião: 40 anos de corrupção e inversão de valores

Que existiu corrupção durante os governos militares, não há a menor dúvida. Foram vinte anos de ditadura militar que além da corrupção, tivemos que conviver com a tortura e o assassinato de opositores do regime.

Entretanto, podemos dizer que não houve diferenças nesses 40 anos de “democracia” pós-ditadura militar. Aliás, se houve alguma diferença foi que a corrupção saiu das mãos dos militares e parou nas mãos dos políticos, governantes municipais, estaduais e presidenciais, e nesse contexto também os vereadores, deputados estaduais e federais,  e senadores, ressalvando as raras exceções, é claro.

Mas a corrupção não envolveu apenas os políticos, incluiu os banqueiros, grandes  empresários da indústria e comércio, empresas multinacionais e infelizmente também o judiciário, em particular juízes, desembargadores e ministros dos tribunais superiores.

A corrupção é um câncer que contagia toda essa casta sustentada pelo povo, que paga impostos cada vez mais altos, sendo mantido refém nas mãos desses verdadeiros agiotas. O Estado, constituído pelos três poderes, impõe um verdadeiro massacre contra os cidadãos de bem, ao invés proteger a sociedade e garantir seus direitos.

O aparelho do Estado está para servir aos interesses do crime, que é praticado pelos corruptos e corruptores. Depois das decisões dos ministros (imperadores)  do STF e STJ, em anular sentenças e libertar criminosos,  não é impossível  condenar e manter encarcerados os grandes tubarões, providos de recursos financeiros suficientes para contratar os melhores advogados  e bancar suas liberdades.

No Congresso Nacional, há 40 anos, se aprovam leis e regras que servem aos criminosos, aumentado consideravelmente à impunidade. Os congressistas apresentam projeto que favorecem eles próprios e os malfeitores, mantendo a população longe, as margens das decisões. Impera o nepotismo empregando parentes nos gabinetes.

No STF não é muito diferente. Discutem-se e prometem elaborar programas destinados a esvaziar às penitenciárias, ou seja, libertação geral dos presos condenados e liberação das drogas como possível solução para o problema do tráfico e da sua violência.

Tudo é possível para descondenar criminosos. O ministro da Justiça faz uma visita abertamente amistosa a um dos piores focos do crime no Rio de Janeiro, a favela da Maré.

A impunidade é gritante e propicia o terror, como os fatos que aconteceram no  Estado do Rio Grande do Norte, arrasado por bandos de criminosos, sem nenhuma reação do ministro da Justiça. Aliás, nenhum pronunciamento dos imperadores do STF, ou seja, total indiferença, enquanto que a bandidagem vandalizou e tocou terror.

A nossa justiça e a grande imprensa vendida e corrupta, sempre se colocam em defesa dos criminosos, em particular os do “colarinho branco”.  Incentivam protestos contra a polícia militar em defesa da bandidagem. O presidente critica a “violência” da polícia praticada contra um jovem que roubou um celular, o Tribunal de Justiça de São Paulo mandou soltar um sujeito condenado por roubo, extorsão, desobediência, desacato… A polícia o deteve depois que ele bateu em vários carros, e na fuga sequestrou um bebê.

Está nas ruas novamente sob a alegação de “autodefesa…, autodefesa instintiva”.  O monstro que assassinou quatro crianças numa creche estava com várias condenações, livre, leve e solto para cometer crimes.

Os mandatários do Estado – leia-se os três poderes, a grande imprensa, os banqueiros e empresários, principalmente das empreiteiras, não têm compromisso com a nação, somente com seus interesses pessoais. Cometem as maiores atrocidades contra a população e estimulam à violência contra o povo. Essa elite política e econômica se beneficia impondo juros e impostos estratosféricos e instituíram a escravidão por dívida.

Vivemos uma enorme inversão de valores éticos e morais. O presidente que pregoa “pai dos pobres”, afirma que há “33 milhões” de pessoas “passando fome”, a ministra do Meio Ambiente, diz que os famintos são “120 milhões”, mas compra paga e vai se deitar numa cama de R$ 42 mil reais  e sentar num sofá de R$ 65 mil reais, enquanto isso, milhares de brasileiros  deitam no chão frio de uma calçada. E não para por aí, gastou R$ 196 mil reais em seis peças para a decoração da suíte presidencial do Palácio da Alvorada. Que exemplo.

Como não podia deixar de ser, estamos vivendo num sistema que impõe intolerância, ataques contra as liberdades individuais e política vindas do poder judiciário.  Os ditos “Atos antidemocráticos”, ataques à democracia; e tudo que diverge dos poderosos do Estado, passou a ser combatido com processo penal, por crimes contra a democracia e ao Estado Democrático de Direito.

A luta contra a corrupção é dever de todo cidadão de bem, de todos que querem viver num país honesto, harmonioso, sem miséria e que os governantes acolham os anseios da sociedade.

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