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Opinião: A Tirania veste toga 

Ministros do STF Roberto Barroso (E) e Alexandre de Moraes (Foto: Fábio Rodrigues Pozzebom/Agência Brasil)

Temos apenas dois poderes no Brasil: o executivo e o judiciário. Estamos reféns de onze togados que diante da covardia da Câmara e Senado Federal, se apossaram do controle do Estado. Ditam normas ilegais aplicando-as ditatoriamente impondo um terrorismo “branco” sob o argumento de “defesa da democracia”, com direito até  a condecoração com a Ordem do Rio Branco.

Qualquer cidadão que ousar a se opor à tirania da toga, estará cometendo  “atos antidemocráticos” e vai encarar o peso da caneta inquérito perpétuo e da PF (gestapo) opressora.

Os togados com apoio incondicional do executivo invertem os valores éticos, morais e sociais. Liberdade de expressão, artigo 5 da Constituição, liberdade de informação sem censura, a livre manifestação do pensamento, vedado o anonimato; o direito de resposta; o acesso à informação; liberdade de reunião pacífica, é considerado um “ataque à democracia brasileira”. Estamos refém de um regime autoritário, sem direitos individuais, arbítrio impera pela tiraniza da toga, sem a reação  dos representantes eleitos diretamente, que repita-se, um bando de covardes.

A Constituição Cidadã, protagonizada pelo Doutor Ulysses Guimarães que garante igualdade sem distinção de qualquer natureza, considera pétreos os direitos à vida, à liberdade, à igualdade, à segurança, à propriedade, a livre manifestação do pensamento, assim como é livre a expressão da atividade intelectual, artística, científica e de comunicação, independentemente de censura ou licença. Não vigora mais. Foi detonada pela tirania dos togados que por ironia tem a prerrogativa constitucional de defendê-la.

Ninguém será privado de liberdade ou de seus bens sem o devido processo legal. O Ministério Público, privativamente, tem a função jurisdicional de promover a ação penal. Também não vigora mais.

O episódio do vandalismo do 8 de janeiro, deliberadamente classificado como “golpe de estado” e “ataque à democracia”,  tem servido de pretexto para alimentar a tirania sem limites da toga.

Durante os “anos de chumbo” da ditadura militar, opositores, inclusive  os que pegaram em armas, assaltaram bancos e sequestraram até embaixador, foram torturados e assassinados pelo regime sob a tutela do Estado representado, na época, pelo DOI-Codi. Não estão esquecidos  Manuel Fiel Filho (operário) e Vladimir Herzog (jornalista). O mais recente morto pelo Estado de Toga Cleriston Pereira da Cunha. É bom também resgatar que aqueles heróis que sobreviveram combatendo a ditadura militar, foram todos anistiados. E, agora? 

A insanidade e a tirania dos togados vêm condenando à prisão com penas de variam de 7 a 17 anos os “baderneiros” de 8 de janeiro. Tirou a liberdade e torturou por 11 meses o morador de rua Geraldo da Silva, sem condenação. Entretanto, anistiou e anulou condenações dos principais políticos e empresários corruptos, que, pasmem, confessaram os delitos cometidos.

Em tempo: Não dá pra deixar passar em branco:  O nosso prefeito vai torrar R$ 10 milhões no patrocínio do show de Madonna previsto para maio em Copacabana. Enquanto isso, faltam vagas e merendas nas escolas, médicos e atendimento nos hospitais por “falta de recursos”.

Notícias também anunciam que uma determinada instituição financeira nacional vai bancar o cachê milionário da artista, e a produção do show.

Também somente para não cair no esquecimento, temos 21 milhões de pessoas, equivalente a 10,5% da população em situação de insegurança alimentar grave,de acordo com o relatório global da Organização das Nações Unidas (ONU).

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