Domingo, 8 de janeiro, é um dia que vai ficar na história. Manifestantes contrários ao governo Lula e as decisões do STF impondo censura e cerceando as liberdades, marcharam em Brasília em direção a praça dos três poderes e invadiram as dependências do Congresso Nacional, Palácio do Planalto e Supremo Tribunal Federal.
Os baderneiros, não se sabe concretamente se de direita, de esquerda, ou de centro, promoveram a maior quebradeira. Esse episódio nos lembra o ocorrido em 2006, quando na manifestação do Movimento de Libertação dos Sem-Terra invadiu a Câmara dos Deputados, com paus e pedras e promoveram uma quebradeira e virando carros. Direito de manifestação…
Para que não sejam cometidas injustiças, os baderneiros e não “terroristas” como estão sendo classificados por alguns setores da sociedade, em particular pela grande imprensa, devem ser identificados e condenados judicialmente com o devido processo legal, a pagar os prejuízos que causaram.
Alexandre Pinochet de Moraes
O Alexandre “Pinochet” de Moraes aproveitando dessa oportunidade, vêm promovendo as maiores ilegalidades nesse episódio. Enquadrou os manifestantes nos crimes de associação criminosa, atentado violento ao Estado Democrático de Direito, crime de ameaça, perseguição, e dano ao patrimônio público. Sem devido processo legal e sem julgamento, chamou todos de terroristas e criminosos.
Determinou a prisão do ex-comandante da PM, um coronel, um ex-ministro da Justiça, remoção dos acampamentos, prisão indiscriminada de manifestantes, famílias inteiras, idosos, crianças e mães que estavam desmanchando o acampamento na frente do QG do Exército. Detenção dos ônibus e o afastamento do governador de Brasília, a prisão de cerca de 1.500 manifestantes indiscriminadamente, sendo todos os prisioneiros levados para o ginásio da Academia da Polícia Federal (campo de concentração).
Essa remoção nos fez lembrar a repressão no Chile, em 1973, quando milhares de opositores do ditador Augusto Pinochet foram presos e depositados no Estádio Nacional. O resultado foi uma catástrofe. Centenas foram torturado e mortos pelo regime de Pinochet.
Terroristas ou baderneiros?
Vários ônibus lotados de manifestantes que chegaram a Brasília foram cadastrados e estão sendo investigados. As investigações tem o propósito de saber se houve financiamento de alguma entidade, se alguém financiou a viagem.
As ações dos extremistas baderneiros que fizeram as invasões, o quebra-quebra, atos absurdos e criminosos de vandalismo, estão sendo tratados pelo Alexandre Pinochet como “terroristas”, tal qual aqueles que explodiram as Torres Gêmeas, no 11 de setembro nos EUA. Aqueles sim, verdadeiros terroristas que mataram centenas de pessoas.
Os Supremos do STF montou força-tarefa para realizar as audiências de custódia de cerca de 700 pessoas presas. Durante a audiência de custódia, os juízes analisam a legalidade da prisão dos detidos, a manutenção eventual da prisão, e a possível ocorrência de tortura ou de maus-tratos, dos detidos, que muito embora sejam baderneiros, estão sendo tratados como terroristas.
Aliás, Alexandre Pinochet de Moraes declarou que “Terroristas” não serão tratados como se tivessem numa “colônia de férias”. Há notícias de 10 óbitos entre jovens e idosos no campo de concentração.
É preciso urgentemente envolver a ONU e a Anistia Internacional para intervir nos abusos de autoridades praticadas pelos imperadores do STF e seus agentes na PF. Pessoas, principalmente idosos, estão sendo submetidos a condições sub-humanas no Campo de Concentração.
Quem deve ser responsabilizado?
Segundo relatos, o governo Federal (o presidente) e Distrital (o governador), foram avisados pela ABIN, que os manifestantes iriam marchar até ao congresso. O Ministro da Justiça e Segurança Pública, Flávio Dino sabia antecipadamente das manifestações e não tomou providências. Teria subestimado os monitoramentos do setor de inteligência, que já haviam informado sobre as ameaças de invasão dos manifestantes.