Tenho que fazer reflexões do passado recente. Não posso deixar de registrar as memoráveis campanhas no enfrentamento do sistema ditatorial que foi implantando em nosso país em 1964. A luta foi intensa pela democracia, para alguns pela redemocratização.
Embalados com “para não dizer que não falei das flores”, “quem sabe faz a Hora e não espera acontecer”, em memoráveis manifestações, passeatas partindo da Candelária pela Av. Rio Branco rumo à Cinelândia, entoando gritos de guerra – “ditadura nunca mais”, “eleições Diretas já”.
A campanha pela “anistia ampla e irrestrita”, pela “volta dos exilados”, pelas “Eleições Diretas Já”, pelo “Fora Collor” e pelo “Fora FHC”, pela “Constituinte” que promulgou a nossa Carta Magna (amplamente democrática com garantias individuais, pela liberdade de expressão e imprensa, pelo direito à vida, inalienável). Acreditamos em superação da ditadura, e que em nosso país ditadura nunca mais… Ledo engano…
Foram longos anos de luta em busca de liberdades, de emprego e melhores condições de vida para o povo cuja maioria sobrevivia com salário mínimo do mínimo com uma inflação as alturas (a Argentina de hoje).
Passaram-se 43 anos desde o fim da ditadura militar. Entretanto a ditadura retornou, ou seja, agora o regime de exceção vem do judiciário, precisamente do STF.
A liberdade de imprensa e de expressão, que tem sido altamente violentada no país. A Constituição que fora amplamente debatida e promulgada em 1988, foi conquistada ao custo de muita luta, suor e sangue, foi agora jogada no lixo pelo Judiciário (STF) e pelo Legislativo (Câmara e Senado).
A Liberdade e responsabilidade caminham juntas, principalmente em defesa dos direitos fundamentais do ser humano, no que se refere à vida, à e à propriedade. Entretanto, esses princípios fundamentais estão sendo banalizados pela tirania dos imperadores do STF e pela inércia e covardia do legislativo.
A censura se apresenta opressora e afronta à liberdade de expressão pondo a democracia em risco constante. Sob a determinação dos tiranos do STF e a serviço do executivo, a PF se tornou o agente executor das ilegalidades, ameaçando e prendendo cidadãos que criticam nas redes sociais o governo e os tiranos do STF.
O que os ditadores se propõem é calar cada brasileiro através da censura. O tirano Luís Roberto Barroso decretou – o STF passou a ser um “poder político” do Brasil, e indo mais adiante, podemos afirmar que os Supremos imperadores decidem o que vale e o que não vale na Constituição.
Ditadura para o povo democracia para os condenados
A “democracia” dos tiranos do STF solta os condenados da “Lava Jato”, do crime organizado – “descondenação”, e proíbe a polícia de fazer incursões nas favelas do Rio. O STJ mandou devolver o iate, o helicóptero e outros bens de um chefe do tráfico solto pelo STF.
O que vemos na verdade é uma enorme inversão de valores onde a ditadura imperialista do STF caça mandato de parlamentar e prende e condena cerca de 1.400 manifestantes e em nome da democracia liberam criminosos condenados pela “Lava Jato”: Mensalão, Odebrecht, Passadina, Correios, dólares na cueca, malas de dinheiro no apartamento cofre, Triplex, Geddel Vieira, José Dirceu, Sérgio Cabral, Alberto Youssef, Nestor Severó , Marcelo Odebrecht , Pezão, Delcídio do Amaral, Eduardo Cunha, Antonio Paloci, Eike Batista, José Guimarães, Renan Calheiros Paulo Roberto Costa, entre outros.
O presidente disse: “se eu for preso levo o STF comigo!” O ministro disse: “perdeu Mané”; “eleições não se ganha, se toma”. Esse é o Brazil!