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Opinião: Na Ditadura do judiciário inventam-se motivos  e narrativas para justificar a censura

Marcelo Casal Jr/ Agência Brasil

Os ministros do STF, milicos ditadores, sentiram o gostinho do poder e fazem de tudo para se perpetuar. É aquela máxima: “dê poder ao homem e descobrirá quem ele realmente é, pois o poder corrompe”. Nesse caso, o poder corrompeu os milicos encastelados na Suprema Corte.

Em nome da suposta defesa da democracia e do estado democrático de direito, os tiranos da Corte impõem o terror cometendo as maiores ilegalidades numa tentativa de censurar o povo.

Como diria Tim Maia, para os milicos de togas “vale tudo”: sem provas, não se respeita o contraditório, a garantia constitucional da liberdade de expressão e do devido processo legal, instauração do inquérito perpétuo das (fakenews), e das milícias digitais, censura prévia, degradação da dignidade humana nas aplicações de penalidades desumanas e cruel no caso das condenações do 8 de janeiro, por exemplo, a condenação da Débora a uma pena de 14 anos de prisão por cinco crimes, incluindo tentativa de golpe, associação criminosa armada e dano ao patrimônio tombado, por ter pintado de batom “perdeu mané”, na estátua da justiça.

Inúmeras punições aos que ousam discordar de opiniões dos mandatários. A aplicação de sentenças desproporcionais e desrespeito ao devido processo legal, bloqueio de contas bancárias e das redes sociais, confisco dos salários.

Mas o império está ruindo com a Lei Magnitsky, uma prerrogativa do “tio Sam”, ou melhor, “tio Trump”, aplicada aos imperadores do STF, e diferentemente dos que acusam de violação de nossa soberania, ao que parece, as sanções são para combater aqueles que estão envolvidos em corrupção e graves violações de direitos humanos, prática corriqueira entre os milicos do STF.

Essas “punições” através de censuras que estão sendo aplicadas ilegalmente pelos milicos de toga, deverão ser alvo de muita tensão e denúncia na Comissão Interamericana de Direitos Humanos e na ONU.

Pode até não parecer, mas estamos falando do Brasil de agora

Estamos vivendo mais um período obscuro em nossa história. O perito Eduardo Tagliaferro, ex-assessor do milico de toga “Alexandre – o Grande”, revelou a existência de um grupo informal de Whatsapp que reunia servidores do TSE e membros da Polícia Federal com o objetivo de identificar participantes das manifestações de 8 de janeiro.

Teriam sido criados, segundo o ex-assessor, grupos de investigações clandestinos e ilegais e os denominados “Atos Antidemocráticos”, com o objetivo colher informações e identificação de suspeitos investigados. A Polícia Federal acessa os registros biométricos do banco de eleitores do TSE, que cruzam dados como fotos, nomes e números de documentos de eleitores.

Sem sombra de dúvidas, estamos vivendo um estado de exceção.  

“Qualquer semelhança é uma mera coincidência”

Durante os anos de chumbo, a ditadura militar criou um sistema articulado que abrigou o vasto mecanismo de investigação para execução da repressão no Brasil. Os mais “famosos” foram o Serviço Nacional de Informações (SNI), com atribuição de coleta de informações e de formulando estratégias atuando na em todos os níveis públicos. O SNI fornecia ao sistema uma gama de informações sem precedentes com ramificações  através das Divisões de Segurança e Informações (DSI), e das Assessorias de Segurança e Informação (ASI).

A ditadura utilizou uma vasta estrutura de repressão através dos Departamentos de Ordem Política e Social (DOPS). O Centro de Informações do Exército (CIE), o Centro de Informações da Marinha (CENIMAR), e o Centro de Informações de Segurança da Aeronáutica (CISA), juntos formaram a máquina de repressão direta e letal de todo o aparato da ditadura.

Juntaram-se a essa máquina repressiva a “Operação Bandeirantes”, (OBAN), formada por oficiais das três Forças e por policiais civis e militares, os Centros de Operação e Defesa Interna (CODI) e os Destacamentos de Operação Interna (DOI). Os CODI-DOI estavam sob o comando do ministro do Exército. E assim, lamentavelmente foi implantado o estado de exceção mais violento de nossa história.

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