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Opinião: Num país sem lei quem manda é o crime organizado

Quem manda nas comunidades pobres espalhadas pelo país, sem sombra de dúvidas é o crime, organizado ou não. É a terra onde o Estado não existe, ou melhor, os chefões do crime são o Estado opressor, é a lei. Trata-se de uma situação caótica e fora do controle cujas consequências e a manutenção dos moradores dessas comunidades reféns.
É uma situação no mínimo esdrúxula, pois quando o Estado legal tenta reagir e se impor perante aos criminosos, o outro Estado, o Estado judiciário, mais poderoso do que o Estado Legislativo, impõe restrição ao combate ao Estado criminoso.
Lembramos a decisão o ministro Marco Aurélio Mello em 2020, que através de uma liminar libertou o criminoso e membro do PCC, conhecido como ‘Guinho’, que havia sido condenado a mais de 20 anos de prisão. Nesse mesmo ano, concedeu habeas corpus e soltou André do Rap, um dos mais importantes líderes do PCC, no tráfico internacional de drogas, condenado a 26 anos de prisão.
Em 2020, acolhendo um pedido do PSB, o ministro Edson Fachin proibiu operações policiais em favelas em todo o estado do Rio de Janeiro. A decisão seria válida enquanto perdurasse a pandemia de Covid-19, mas até hoje está em vigor. E tem mais, em caso de descumprimento da medida, os policiais poderão responder civil e criminalmente. Essa decisão foi levada ao plenário da Corte, que por 9 votos a 2 confirmou a proibição. As facções criminosas aproveitaram a situação para se fortalecer.
A tirania dos imperadores do STF, não tem limites. Libertaram todos os corruptos envolvidos e condenados pela “Operação Lava Jato” e condenaram os procuradores e juízes que atuaram na operação. Cabral está solto e o juiz Bretas está sendo punido pelo Conselho Nacional de Justiça. Os tiranos do STJ, atropelando as prerrogativas do Legislativo, em recente decisão assumiu o poder de decidir sobre a liberação do plantio de cannabis no país, em uma ação ajuizada por uma empresa interessada.

Visita do ministro da justiça à comunidade e o terror em natal

O ministro da justiça Flávio Dino fez uma visita à comunidade da Nova Holanda, no complexo da Maré, uma das mais violentas do Rio de Janeiro, sem nenhuma escolta policial. Em dois veículos particulares, o ministro bastante seguro, caminhou pelas vielas com tamanha tranquilidade de botar inveja aos moradores que vivem 24 horas por dia sob alta tensão.
Com certeza absoluta alguém bancou a segurança do ministro, que enquanto visitava a favela, os cidadãos e a polícia do Rio Grande do Norte, principalmente em Natal, estavam sob fogo dos traficantes, facções criminosas que dominam e impunham um verdadeiro terror, destruindo ônibus, comércios, prédios públicos, delegacias, bases policiais e etc.

O terrorismo chega ao congresso e ao senado

Uma investigação da Polícia Federal revelou plano do PCC para matar o senador Sergio Moro, ex-juiz da “Lava Jato”. Tudo indica que foi por motivo de vingança. Mesma situação está passando o promotor de justiça de São Paulo, Lincoln Gakiya.
Paralelamente no dia anterior, o presidente Lula deu mais uma “bola fora” ao revelar para um grupo no Palácio do Planalto que o sonho dele é acabar com Sergio Moro. E que ia viver para se vingar “daquela gente”, como ele disse. Aliás ele repetiu essa frase algumas vezes, o que revela que não foi por acaso. É vingança mesmo.
Logo a seguir, o presidente disse que a operação da Polícia Federal para desarticular o plano do PCC, pode ter sido uma “armação” do senador Sergio Moro. Alegou que estaria “desconfiado” das revelações sobre o plano para matar Moro e outras autoridades. Disse ainda: “Eu não vou falar porque acho que é mais uma armação do Moro. Eu vou descobrir o que aconteceu porque é visível que é uma armação do Moro”.
A fala do presidente além de colocar em risco a segurança de todo a sociedade, deita dúvidas quanto à lisura da investigação da Polícia Federal, do Ministério Público e de toda polícia que investigou e deteve os marginais. É inadmissível a postura do presidente Lula nesse episódio e em tantos outros escabrosos.
A corrupção ainda não foi debelada, pelo contrário está voltando a pleno vapor. À convite do governo os irmãos Batistas estão na China junto com outros não menos corruptos. Temos um presidente que revela a jornalistas seu projeto de vingança contra todos os que contribuíram para condená-lo na operação “Lava Jato”, chegando ao ponto de dizer que vai f…. o senador Sérgio Moro.
Diante de tudo isso, perguntamos: cadê os nossos congressistas? Estamos num país sem lei, ou melhor, lei tem para condenar os pobres que furtam um quilo de arroz e de feijão no supermercado.
Onde não existe lei não há democracia.

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