Durante os anos de chumbo da Ditadura Militar cinco presidentes governaram o país. Foram eleitos indiretamente pelo Congresso Nacional. Embora mantido sob total controle dos militares, nossos congressistas resistiram bravamente aos interesses do Executivo. Apenas dez dias após o golpe, 40 deputados perderam os mandatos e os direitos políticos. Nos meses seguintes, seguiram as perseguições aos que se opuseram aos militares com mais mandatos cassados, até que em 1965, o Ato Institucional 2 (AI 2) deu poderes ao presidente para decretar o recesso do Congresso Nacional.
Mesmo debaixo da tirania, de prisões, torturas e assassinatos, nossos congressistas resistiram bravamente. O mesmo não se pode esperar dos atuais parlamentares, em particular os presidentes da Câmara e do Senado, que covardemente se curvaram aos imperadores de toga do STF, em conluio com a Presidência da República.
O governo e os “milicos” do STF se utilizam de todos os meios ilegais para oprimir o povão, inclusive utilizando a “Gestapo” Polícia Federal para investigar todos os que se opõem ao atual regime jurídico e presidencial. Fazem uso de força de polícia para manter a censura prévia e cercear o direito de opinião.
Estamos vivenciando uma explícita e violenta perseguição ideológica com investigação judicial, abertura de inquérito, ameaça e Polícia Federal investindo contra todos que se divergem dos atuais governantes – executivo e judiciário, diante da inoperância covarde do Poder Legislativo.
Enquanto nossos “representantes” se escondem atrás de seus gabinetes suntuosos, os “milicos” de toga continuam anulando condenações dos corruptos pela Operação “Lava Jato”. Liberaram Cabral com pena de mais de 330 anos de prisão, o ex-ministro da Casa Civil, condenado pelos crimes de corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Perdoaram a dívida de mais de R$ 8,5 bilhões da Odebrecht.
Achando pouco, o “milico” Dias Toffoli declarou a nulidade absoluta de todos os atos praticados e procedimentos vinculados à “Lava Jato”. Eles fazem o que querem. Liberou geral!
O judiciário mais caro e corrupto do mundo…
Estado de Direito e a democracia, nossa Carta Magna, foi mutilada pelos “milicos” dos tribunais, um sistema de Justiça corrupto e péssimo, considerado o mais caro do mundo. São mais de R$ 40 bilhões por ano, 85% gastos com salários. Um estudo recente da FGV mostra que metade dos 11 milhões de servidores públicos do Brasil, nos três níveis, ganham menos de R$ 3,4 mil por mês. Em contrapartida, os togados, ou seja, todos os juízes e procuradores, ganham acima de R$ 27 mil. E acham que estão sendo mal pagos.
Os “milicos” de toga, precisam justificar sua obediência com a anulação e revogação de qualquer lei criada pelo Congresso que entendem ser contrária aos seus interesses e aos do Executivo. Recentemente um ministro do STF concedeu liminar contrariando a decisão de 71% do parlamento. Sem esquecer da anulação das condenações da Lava Jato.
As vítimas da corrupção padecem com milhares vivendo abaixo da linha da miséria. Tem muito interesse financeiro em jogo e o Congresso covarde se cala.