O governo americano em carta dirigida ao governo do Brasil anunciou a aplicação de uma tarifa de 50% sobre produtos brasileiros exportados para os EUA, a partir de 10/8.
Ao que nos parece, o embargo revela motivações políticas, e não podemos ignorar se levarmos em consideração: a censura imposta pelos milicos do STF, a postura da presidência anti-dólar nos BRICS.
A relação conflitante entre Brasil e EUA registrou deliberadamente incidentes graves, como por exemplo, a permissão aos navios de guerra iranianos atracar no Rio de Janeiro, os ataques proferidos ao presidente Trump nas eleições e apoiando a candidata Kamala Harris. Simultaneamente os milicos do STF promovem uma verdadeira anarquia com decisões inconstitucionais contra a liberdade de expressão, alcançando cidadãos americanos e plataformas nos EUA.
A gota d’água ocorreu quando o STF declarou inconstitucional o art. 19 do marco civil da internet, permitindo a responsabilização prévia das plataformas e instauração do sistema de censura, contrariando a administração do governo americano que e a defesa incondicional da liberdade de expressão.
Achou pouco? Não? Durante a reunião dos BRICS, o representante do governo brasileiro defendeu a criação de uma moeda alternativa ao dólar, e disse: “não faz sentido continuar dependente da moeda dos Estados Unidos”.
As sanções econômicas aplicadas ao Brasil são idênticas às aplicadas a países contrários ao regime político e social estadunidense, como Cuba.
O tratamento que o governo americano está impondo ao governo brasileiro trata-se de uma advertência: se o Brasil continuar desrespeitando a democracia e os interesses comerciais americanos, a tarifa será implementada de forma implacável.
Irresponsavelmente o governo brasileiro optou pelo confronto “é a formiguinha contra o elefante”, e o povão está pagando mais esta conta, porque o nosso governo resolveu ir para o enfrentamento e ironicamente frente ao tarifaço com a “jabuticaba diplomática”, e declarações “se Trump tivesse feito isso aqui, já estaria preso”.
Logo a seguir, o ministro milico de toga Alexandre “o grande” ordenou ao Rumble bloquear canais de jornalista brasileiros com dupla cidadania que moram nos EUA, gesto sendo considerada uma afronta à liberdade de expressão americana.
Paralelamente, alguns setores do governo avaliam como legítima a resposta do Brasil, na forma de decreto de retaliação, ameaças de quebra de patentes e bloqueios de plataformas. O problema é que esse tipo de estratégia tende ao fracasso quando o outro lado está “o elefante” que é infinitamente superior.
Por outro lado, de forma oportunista o governo brasileiro está transformando esse movimento em mais um capítulo da narrativa do “inimigo externo”, e já se vê esse discurso nos setores politiqueiros da pseudo esquerda: a culpa das dificuldades econômicas seria das “interferências dos EUA”, numa versão do embargo a Cuba. O “tio Sam” no ataque outra vez.
Nada vai mudar esse cenário enquanto nossos governantes de forma irresponsável se mantiverem com essa retórica do inimigo externo, o imperialismo americano e ataques à soberania nacional.
Se insistirmos na rota de colisão corremos o risco do congelamento dos investimentos internacionais.
Além de toda essa crise com os EUA, agora até a OTAN, por meio de seu secretário geral, anuncia que poderá impor sanções ao Brasil por conta de sua parceria com a Rússia.
Caso a ameaça tarifária se concretize, será uma catástrofe para a economia brasileira e inevitável impacto negativo para as empresas.
Por fim, é necessário que nossos governantes parem de olhar para seus próprios umbigos e governem para o povo. Afinal, nessa briga entre a formiga e o elefante estão 210 milhões de vidas, entre as quais cerca de 70 milhões vivendo abaixo da linha da miséria, que não conseguem pagar por uma cesta básica que custa em média R$ 400 por mês, por pessoa, entre os quais 40 % na miséria absoluta, tendo como alternativas os restaurantes populares.
Meteram as mãos nos bolsos dos aposentados:
Três meses após meterem a mão nas aposentadorias e pensões, ainda não se tem notícias das prisões dos envolvidos e do dinheiro furtado.
Sabe-se que as investigações e operações da PF, ocorridas em diversos estados, resultaram em mandados de busca e apreensão, além de algumas prisões preventivas.
Segundo as investigações, os desvios ocorreram entre 2019 e 2024 e podem ultrapassar R$6,5 bilhões, conforme as estimativas.
Na lista das entidades sob investigação estão associações e sindicatos fajutos criados para se locupletar de partes das pensões e aposentadorias dos aposentados e pensionistas.
Botar essa turma na cadeia e confiscar seus bens é o mínimo que se espera desse governo.