Essa é uma pergunta que não quer calar na boca daqueles que lutam por um País sem corrupção, sem corruptores, sem miseráveis, sem desemprego, por uma educação de qualidade, por um sistema de saúde que atenda plenamente o povo, não importando que tipo de regime seja: capitalista ou socialista, de esquerda ou de direita.
O povo desse País clama por um congresso que verdadeiramente defenda os interesses nacionais, os interesses daqueles que acreditam que “o poder emana do povo e em seu nome será exercido”.
O povo desse País acredita e clama por um judiciário que verdadeiramente cumpra a Constituição e puna plenamente todos aqueles que ousam a descumpri-la, botando na cadeia e confiscando os bens em prol do povo, e assim se fazendo a verdadeira justiça.
O povo desse País clama por uma imprensa livre e honesta, que dê a notícia sem manipulação e que defenda os interesses do povo e não interesses próprios ou daqueles possuidores de poderes midiático que se locupletam do erário público.
Já faz algum tempo que não nos deparamos com o Congresso, com o Judiciário e a Imprensa atuando nos grandes escândalos de corrupção que fizeram parte de uma longa história recente em nosso País.
Perguntamos então, que fim levou os grandes escândalos de corrupção envolvendo banqueiros, políticos, empresários e juízes, dos quais podemos citar:
Escândalos: dos Correios, Waldomiro Diniz, Mensalão, Dólares na cueca, Gamecop-Telemar, Refinaria de Passadena, Sanguessugas, Aloprado, BNDS, Erenice Guerra, Cartões Corporativos, Refinaria Abreu e Lima, BTG Pactual e o Pré sal, Petrolão, Bancop, Gamecop, Lava Jato (42 bilhões desviados para financiamento de campanha eleitoral), Zelote, e ainda o financiamento de obras em outros países com recursos do BNDES a saber:
Porto de Mariel (Cuba) – US$ 957 milhões (US$ 682 milhões por BNDES) Odebrecht; Hidrelétrica de San Francisco (Equador) – US$ 243 milhões – Odebrecht; Hidrelétrica Manduriacu (Equador) – US$ 124,8 milhões (US$ 90 milhões BNDES) – Odebrecht; Hidroelétrica de Chaglla (Peru) – US$ 1,2 bilhões (US$ 320 milhões BNDES) – Odebrecht; Metrô Cidade do Panamá (Panamá) – US$ 1 bilhão – Odebrecht; Autopista Madden-Colón (Panamá) – US$ 152,8 milhões – Odebrecht; Aqueduto de Chaco (Argentina) – US$ 180 milhões do BNDES – OAS; Soterramento do Ferrocarril Sarmiento (Argentina) – US$ 1,5 bilhões BNDES – Odebrecht; Linhas 3 e 4 do Metrô de Caracas (Venezuela) – US$ 732 milhões – Odebrecht; Segunda ponte sobre o rio Orinoco (Venezuela) – US$ 1,2 bilhões (US$ 300 milhões BNDES) – Odebrecht; Barragem de Moamba Major (Moçambique) – US$ 460 milhões (US$ 350 milhões BNDES) – Andrade Gutierrez; Aeroporto de Nacala (Moçambique) – US$ 200 milhões ($125 milhões do BNDES) – Odebrecht; BRT da capital Maputo(Moçambique) – US$ 220 milhões (US$ 180 milhões do BNDES) – Odebrecht; Hidrelétrica de Tumarín (Nicarágua) – US$ 1,1 bilhão (US$ 343 milhões) – Queiroz Galvão.
Projeto Hacia el Norte – Rurrenabaque-El-Chorro (Bolívia) – US$ 199 milhões – Queiroz Galvão; Exportação de 127 ônibus (Colômbia) US$ 26,8 milhões – San Marino; Exportação de 20 aviões (Argentina) – US$ 595 milhões – Embraer; Abastecimento de água da capital peruana – Projeto Bayovar (Peru) –Valor Não informado – Andrade Gutierrez; Renovação da rede de gasodutos em Montevideo (Uruguai) Valor – Não informado – OAS; Via Expressa Luanda/Kifangondo Valor – Não informado – Queiroz Galvão.
Todos esses financiamentos e escândalos caíram no esquecimento da grande imprensa, do poder legislativo e do poder judiciário, leia-se STF. Aliás, o STF quando lembra de um desses casos é para absolver os malfeitores e condenar os benfeitores, vide o caso Lula e Moro.
Carlos Augusto (Carlão)
Jornalista, sindicalista e advogado