Por Guilherme Abrahão
A final da Copa Libertadores deste ano vai ser um verdadeiro e merecido tira-teima. Afinal, Flamengo e Palmeiras são totalmente dominantes no Brasil – e na América do Sul – nos últimos anos. Basta olhar os números da dupla: dos cinco últimos brasileiros, quatro ficaram para eles, dois cada, com o Corinthians de intruso. Neste ano, o Atlético-MG é quem lidera, mas os dois seguem de perto os mineiros pela taça. Nada está definido.
Voltando à Libertadores, a final desta edição coloca frente a frente, pela primeira vez na história do torneio continental, os dois últimos campeões. Flamengo foi quem faturou o troféu em 2019, enquanto o Palmeiras é o atual vencedor. Por isso, os deuses do futebol foram justos em deixar a dupla protagonizar no dia 27 de novembro, em Montevidéu, no Uruguai, o que promete ser a maior decisão dos últimos tempos.
No momento, pelo talento individual, o Rubro-Negro entra com um ligeiro favoritismo. Com Bruno Henrique em fase iluminada, os comandados de Renato Gaúcho andam letais na hora de definir. Basta pegar como parâmetro o confronto das semifinais diante do Barcelona, do Equador. Apesar de um elenco mais limitado, os equatorianos deram sufoco em determinados momentos no Fla. Porém, o talento de Everton Ribeiro, Bruno Henrique, Gabigol & Cia, definiram o mata-mata. Serão dois meses até a grande final e Renato tem tempo suficiente para corrigir os erros e talvez transformar o Fla em uma equipe imbatível.
Do outro lado, um eficaz e consistente Palmeiras. Em dez meses de trabalho, o português Abel Ferreira transformou o Verdão em uma equipe extremamente competitiva. Criticado em diversos momentos por seu estilo de jogo, o treinador é um exímio estrategista. Não há favoritos para essa grande decisão. Quem ganha é o futebol. E quem vencer, vai mostrar que no futebol que vivemos de ciclo, tem uma hegemonia!