Por Guilherme Abrahão
O Flamengo é outro time com a chegada de Renato Gaúcho. Nem é o caso de entrar no mérito se Renato é mais treinador ou não que Rogério Ceni ou que o espanhol Domenéc Torrent. Nitidamente é uma questão psicológica. O atual técnico parece que conseguiu melhorar o ambiente que estava totalmente obscuro pela Gávea. Não se sabe ao certo o que aconteceu entre os jogadores e seu antigo treinador. Mas que é nítido sinais de desgastes imensos, que acabaram tirando o brilho de grande parte dos atletas do elenco.
Falar em boicote como se vê por aí acho muito pesado. Até porque, passa-se da ideia que são profissionais em campo. Algum jogador que faça algo do tipo ou dirigente ou treinador, jamais pode ser chamado de profissional. A variação de comportamento talvez seja de uma forma total psicológica. Afinal, ninguém desaprendeu a jogar e o Flamengo segue com o melhor elenco do Brasil. Por alguma razão, foi perdida a confiança em Rogério. Confiança que a mesma diretoria perdeu. Ou alguém flamenguista esquece que o vice de futebol, Marcos Braz, chegou a afirmar que se jogaria de um avião ao lado do ex-comandante. Mas esteve na reunião que o tirou do cargo às 3 da manhã. Enfim, coisas do futebol.
A nítida mudança não é na forma de jogo. É na vontade. Renato teve pouco tempo para impor seu estilo. Mas mesmo assim trouxe resultados acachapantes como 5 a 0 no Bahia, em Salvador, e um sonoro 5 a 1 no São Paulo, com todos os gols aos 25 minutos finais do segundo tempo. A saída de Rogério é um clichê muito conhecido do meio futebolístico: quando perde o elenco, perde-se todo o time. E ao meu ver, Rogério perdeu de vez ao criticar publicamente uma atitude do atacante Pedro.
Renato chegou aos poucos. Chegou malandro. Sabe lidar com estrelas. Foi uma na época de jogar e se comporta assim atualmente como treinador. E os resultados estão chegando. E com grandes chances de enfileirar taças. O início é promissor!