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Opinião: Sai governo e entra governo, nada muda para os pobres

Em uma retrospectiva a partir dos anos 60, chegamos à triste conclusão que para a população menos favorecida nada mudou, pelo contrário, piora a cada ano.

Foram 20 anos de governo militar e durante o período a população menos favorecida ficou à margem da sociedade, sem o amparo do Estado, sem perspectiva de trabalho, moradia, assistência médica, segurança, educação, o mínimo para se viver dignamente.

Após o governo militar, o país se democratizou e tivemos ainda uma eleição indireta e posteriormente nossos representantes ao governo presidencial foram eleitos diretamente pela vontade popular, garantida pela Constituição de 1988.

Passaram pela Presidência: Fernando Collor (1990-1992), Itamar Franco (1992-1994), Fernando Henrique Cardoso (1995-2002), Luís Inácio Lula da Silva, (2003-2010 e atualmente), Dilma Rousseff (2011-2016), Michel Temer (2016-2018) e Jair Bolsonaro (2019- 2023).

Ao longo desses 60 anos, tivemos governos de extrema direita (militares), de centro-direita (Fernando Collor), de direita (Fernando Henrique Cardoso e Jair Bolsonaro) e de esquerda (Luís Inácio Lula da Silva e Dilma Rousseff).

A pergunta que fica no ar é: qual desses governantes governou para a população menos favorecida? Nenhum deles. O mesmo se aplica a prefeitos, governadores, deputados federais, estaduais, vereadores e senadores. Seja qual for o regime, de direita ou de esquerda, quem está no poder não se importa.

Acreditamos que a melhoria de vida dos pobres estaria nas mãos dos governos populares (Lula e Dilma), entretanto o que se viu foi mais uma prova de que não dão a mínima para a imensa população que vive abaixo da linha da miséria.

Institutos de pesquisas apontam no Brasil 21 milhões de pessoas que não têm o que comer todos os dias e 70,3 milhões em insegurança alimentar. Além de10 milhões de desnutridos. A cada ano que passa, sem o amparo do Estado, aumenta o número de desempregados e famílias vivendo em calçadas e embaixo de marquises, aguardando ações sociais isoladas que distribuem roupas e alimentos.

Os abutres tem fome…

Aos abutres, “deitados eternamente em berço esplêndido”, nada falta. Vivem nababescamente em mansões, andando de jatinhos da FAB e carros blindados, protegidos com a força policial do Estado, assistidos pelos melhores hospitais dentro e fora do país, desfrutam de viagens internacionais sem desembolsar um tostão e se hospedam nos melhores hotéis de luxo.

Não! Eles não têm compromisso com o povo. Gozam de salários estratosféricos em comparação ao salário mínimo. A grana gasta com cada viagem do presidente e sua comitiva dariam para construir cerca de 60 casas populares.

Segundo matéria do jornalista Lúcio Vaz, publicada em 24/03 no Gazeta do Povo, “o Poder Judiciário em salários, indenizações e outros penduricalhos, custou R$ 95 bilhões nos últimos seis anos e meio.” Isso significa um custo de cerca de R$ 16 bilhões por ano, de uma justiça que dificulta ao máximo o acesso das pessoas, voltada para os interesses dos poderosos.

Democracia só existe de “barriga cheia”

Fala-se muito em democracia e Estado Democrático de Direito. Porém, não existe democracia onde 70 milhões de brasileiros não tem o que comer; onde o Poder Judiciário exerce uma tirania, com decisões que nos faz lembrar os porões do regime militar; onde quem se opõe ao atual governo é perseguido e detido pelos oficiais da gestapo (tropas federais) e de um tal e CEDDD  “Centro Integrado de Enfrentamento à Desinformação e de Defesa da Democracia”.

Parece coisas do DOI-CODI, OBAN, SNI, CENIMAR, DEOPS, etc…

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