Por Guilherme Abrahão
Isonomia do Campeonato Brasileiro é a pauta para que todos os clubes não querem que apenas o Flamengo jogue com público na competição, após a liberação da Prefeitura do Rio de Janeiro, para o retorno da torcida aos estádios. Inclusive, o Fluminense também poderia atuar com público, mas preferiu ficar ao lado dos outros 16 times que querem paralisar a competição, caso o Rubro-Negro jogue com apoio, mesmo com protocolos de segurança estabelecidos e elogiados. Mas afinal, a briga é por essa isonomia mesmo ou a briga vai além da questão de saúde ou mesmo de interesses dos clubes?
Uma coisa é certa: o Flamengo vive um momento vitorioso. De qualquer forma, o que se vê hoje no futebol nacional é uma guerra entre todos os times contra o Fla que é o mais forte. Não só dentro como fora de campo. Além de uma torcida imensa, o time carioca se tornou uma máquina de fazer dinheiro nos últimos anos. Bem administrado, virou exemplo para todos. Os únicos com força hoje – no quesito finanças – para bater de frente com o Rubro-Negro são Palmeiras, Grêmio e Atlético-MG. Os dois primeiros assinaram o ofício contra público, para manter a isonomia. O Palmeiras, inclusive, se tornou o rival mais poderoso do Fla nos últimos anos, no quesito títulos e dinheiro.
O Galo vai surfando na onda. Líder do campeonato, aguarda o rival carioca colocar público para ter sua jurisprudência. Quem afirma que a volta de público é precoce aos estádios – os dirigentes que usam essa pauta – está apenas olhando o próprio umbigo.
Todos contra o Flamengo nesse momento. A ideia é impedir a força do Rubro-Negro ao lado de seu torcedor. Pode ser um influenciador principal. Para os outros, que não estão nessa briga, apenas seguem a maré. Para Palmeiras e Galo, rivais diretos pelo título, a ideia é enfraquecer o Fla apenas. E em relação a população, nenhum dos três está verdadeiramente preocupado!