Apresentações homenageiam Pixinguinha por ocasião dos 50 anos de seu falecimento
No ano que marca os 50 anos de morte de Pixinguinha, a Orquestra Sinfônica Brasileira celebra o gigante artista em concertos especiais nos dias 6 e 7 de maio, na Cidade das Artes. No programa do Choro em Concerto – 50 Anos sem Pixinguinha, uma seleção de seus arranjos e composições sob regência do maestro convidado Guilherme Mannis.
Nascido no bairro da Piedade, em 1897, Alfredo da Rocha Vianna Filho, o Pixinguinha, começou sua trajetória musical cedo. Filho de um flautista amador, aprendeu a tocar cavaquinho aos 11 anos, com os irmãos. Percebendo o ouvido de ouro do menino, o pai manda buscar na Europa uma flauta, instrumento com o qual Pixinguinha se aperfeiçoaria sob a orientação de Irineu Batina. Em 1914, “Dominante”, primeira composição do jovem, é editada. São os passos iniciais de um artista formidável que já muito cedo atinge uma impressionante maturidade artística.
Como instrumentista, Pixinguinha viraria referência graças à qualidade indiscutível de suas execuções. Como compositor, ele se destacaria por sua irrefreável força criativa e por incorporar ao choro influências diversas, tais como aquela do jazz e das tradições musicais afro-brasileira e rural, dando ao gênero um gosto tipicamente nacional. Como arranjador, sua sofisticada combinação de instrumentos e timbres e sua capacidade de explorar texturas e cores musicais logo o firmaram como um dos mais relevantes músicos do século XX. É sobretudo essa faceta criadora de compositor/orquestrador que ganha destaque neste “Choro em Concerto”.
O espetáculo já começa em clima de emoção, com o atípico e melancólico choro “Carinhoso”. Essa “polca lenta” – como a descreveu Pixinguinha – surgiu inicialmente como uma obra instrumental e só depois ganharia a letra de João de Barro que a tornaria tão conhecida. Depois de passar pelas deliciosas melodias de “Assim que é”, “Quem é você” e “Minha vez”, o concerto explora o fantástico senso de humor de Pixinguinha com o divertido tríptico “Cercando frango”, “Marreco quer água”, “Pula Sapo”, peças bem-humoradas repletas de efeitos musicais evocativos. Além de composições do próprio Pixinguinha e de algumas parcerias, há ainda espaço para arranjos que ele fez de obras de outros artistas. É o caso, por exemplo, de “Passinho de moça”, pequena joia musical de Henrique Nepomuceno Dourado.
A ORQUESTRA SINFÔNICA BRASILEIRA:
Fundada em 1940, a Orquestra Sinfônica Brasileira é reconhecida como um dos conjuntos sinfônicos mais importantes do país. Em seus 82 anos de trajetória ininterrupta, a OSB já realizou mais de cinco mil concertos e é reconhecida pelo pioneirismo de suas ações, tendo sido a primeira orquestra a realizar turnês pelo Brasil e exterior, apresentações ao ar livre e projetos de formação de plateia.
Composta atualmente por mais de 70 músicos brasileiros e estrangeiros, a OSB contempla uma programação regular de concertos, apresentações especiais e ações educativas, além de um amplo projeto de responsabilidade social e democratização de acesso à cultura.
Para viabilizar suas atividades, a Fundação conta com a Lei Federal de Incentivo à Cultura, tem o Instituto Cultural Vale como mantenedor, a Shell e a NTS – Nova Transportadora do Sudeste como patrocinadores master, Brookfield e Eletrobras Furnas como patrocinadores, Sergio Bermudes Advogados e SulAmérica como copatrocinadores, além de um conjunto de apoiadores culturais e institucionais.
Saiba mais em
Guilherme Mannis, regência
Participações Especiais:
Alfredo Del Penho (cantor solista/apresentador), Rui Alvim e Denise Rodrigues (saxofone alto), Pedro Paes e Eduardo Neves (saxofone tenor), Alexandre Caldi (sax barítono), Itamar Assiere (piano), Ana Rabello (cavaquinho) e Luiz Flávio Alcofra (violão).
PROGRAMA:
Pixinguinha e João de Barro (adaptação Paulo Aragão) – Carinhoso
Pixinguinha – Assim que é
Pixinguinha – Quem é você
Pixinguinha – Minha vez
Pixinguinha – Cercando frango
Pixinguinha – Marreco quer água
Pixinguinha – Pula Sapo
Henrique Nepomuceno Dourado – Passinho de moça
Sinhô – Kananga do Japão
Pixinguinha – Vou andando
Pixinguinha e Vinicius de Moraes – Lamentos
Pixinguinha e Vinicius de Moraes (adaptação Paulo Aragão) – Seule
Charles Borel-Clerc / Paul Emile Briollet / Léo Félix Lelièvre – La Mattchiche
Pixinguinha e Benedito Lacerda – Ainda me recordo
Pixinguinha – Concerto de Bateria
SERVIÇO:
Dia 6 de maio (sábado), às 19h
Ingressos: R$40 (R$20 meia)
Dia 7 de maio (domingo), às 11h – Concertos para Juventude
Ingressos: R$10 (R$5 meia)
Ingressos à venda na bilheteria da Cidade das Artes e no site Sympla
Local: Cidade das Artes | Teatro de Câmara (Avenida das Américas, nº5.300 – Barra da Tijuca, RJ)