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Padrasto que matou menino de 2 anos é transferido sob forte comoção

Foto: Reprodução/ TV Globo

Preso em flagrante, Paulo César é escoltado pela Polícia Civil enquanto familiares relatam histórico de agressões

O padrasto preso em flagrante pela morte do pequeno Henry Gabriel, de apenas dois anos, foi transferido da 55ª DP (Queimados) sob forte comoção. Amigos e familiares da criança se aglomeraram em frente à delegacia, chorando e pedindo justiça. A saída de Paulo César Silva Santos precisou ser protegida por uma escolta da Polícia Civil, devido ao clima de revolta.

Segundo o delegado responsável pelo caso, Júlio da Silva Filho, os depoimentos coletados até agora revelam um cenário de agressões constantes contra o menino.

“O menino tinha pavor. Ela [a avó] disse em depoimento que ele tremia e ficava inquieto com a presença do Paulo. Era uma relação difícil, e nós apuramos que ele era contumaz em agredir a criança. Quem disse foram os vizinhos, que ouviam os gritos dele e da criança quando esses fatos ocorriam”, explicou o delegado.

As investigações também apontam que a mãe do menino não tinha real dimensão da violência sofrida pelo filho. De acordo com o delegado, ela acreditava que se tratavam de “correções comuns”, até ser alertada por uma vizinha de que Henry Gabriel chorava, gritava e era agredido pelo padrasto.

“Estou arrasada”, teria dito a mãe, segundo relato de pessoas próximas, ao saber da gravidade das agressões e da situação que levou à morte do filho.

A Polícia Civil continua ouvindo testemunhas e espera concluir o inquérito nos próximos dias. Enquanto isso, a família do menino clama por respostas e punição para o responsável pelas agressões que culminaram na tragédia.