Após uma extensa restauração que consumiu R$ 84,3 milhões, o Palácio Gustavo Capanema, ícone da arquitetura modernista brasileira, será reaberto ao público em 20 de maio de 2025. Localizado no centro do Rio de Janeiro, o edifício passará a funcionar como centro cultural e sede de instituições vinculadas ao Ministério da Cultura, como a Funarte, a Biblioteca Nacional e a Fundação Casa de Rui Barbosa.
As obras de conservação e modernização, iniciadas em 2019 sob coordenação do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), incluíram a atualização das redes elétrica, hidráulica e sanitária, além da instalação de sistemas de climatização, segurança e combate a incêndios. O mobiliário original, luminárias, persianas e os jardins projetados por Roberto Burle Marx foram restaurados, respeitando o valor histórico e arquitetônico do prédio, tombado pelo Iphan desde 1948.
A nova proposta de uso do edifício prevê que 60% de sua área seja aberta ao público, com espaços culturais, áreas expositivas e visitas guiadas. Os 40% restantes serão ocupados por escritórios do Ministério da Cultura e de entidades associadas. Dentre os destaques estão o acesso ao “pavimento do ministro”, um espaço multiuso no nono andar, o auditório Gilberto Freyre, a Biblioteca Euclides da Cunha, além de um restaurante e um café na cobertura.
A ministra da Cultura, Margareth Menezes, destacou a importância da reabertura: “Entregar esse prédio para a população é também uma afirmação da nossa cultura, da nossa democracia”. O presidente do Iphan, Leandro Grass, ressaltou que a obra reafirma o compromisso com a cultura enquanto política de Estado.
A Funarte, que completa 50 anos em 2025, ocupará três andares dedicados às artes, promovendo uma interação permanente com o público. A presidente da fundação, Maria Marighella, afirmou que o palácio “abraça as artes e possibilitará uma interação permanente com seu público”.
A reabertura do Palácio Gustavo Capanema representa não apenas a preservação de um marco arquitetônico, mas também a revitalização do centro do Rio de Janeiro, oferecendo à população um espaço dedicado à cultura, à memória e à arte.