Caminhar contribui muito para o nosso bem, não importa a hora, o dia ou o lugar. Estamos sempre caminhado para algum lugar, numa direção dentro de vários caminhos. Entre um passo e outro, há inspirações, olhares que se perdem e cruzam numa poesia dinâmica. A natureza nos envolve como um manto sagrado. Aliás, ela, natureza, é a própria mãe, carregada de amor e vida: respiração!
Às vezes se sai sem direção, utilizando uma bussola ou não e, nem se quer há um rumo determinado. Apenas, voa-se… Viaja feito passarinhos saindo do ninho, voando para galhos, sem noção de altura, espaço ou distância. Ah! A imaginação entre os passos e arvores, entre o ar e a brisa suave, entre o chão e o céu…
Uma reflexão: são os pássaros que possuem a maior casa, o céu! A forma de “caminhar” com as asas. Já nós, homens, aprendemos transformar o ferro em asas. E, mesmo assim, será que somos capazes de compreender nossos verdadeiros caminhos, direção? Ele, o homem, não estaria apenas embalado no tempo ou sendo empurrado pelas raízes que pedem e competem espaços com os pés?
Independente disso, gostamos de asas! Gostamos de andar! Gostamos de voar! A asa da xicara, da chaleira, dos aviões, da garça, do pombo, da liberdade… Estas últimas, são as melhores! Caminhemos com as asas da liberdade, sobre o solo de nuvens leves, molhadas de vida e glória. Pois só vive quem aprende a voar!
Pena e prata
Passarinho de prata,
Leva gente,
Lava saudade.
Passarinho de pena,
Lava a mente,
Leva semente.
Passarinho,
Leva eu,
Leva eu!
Que de tudo,
Só quero céu.
(Henrique Bas)