O Tribunal de Justiça de São Paulo tomou uma decisão relevante no caso envolvendo a apresentadora Ana Hickmann e o empresário Alexandre Correa. Uma empresa financeira de Tatuí (SP) havia movido uma ação cobrando uma dívida de R$ 1,7 milhão. No entanto, uma perícia realizada pelo Instituto de Criminalística de São Paulo concluiu que as assinaturas em diversos contratos e documentos eram falsas e não partiram do punho de Ana Hickmann. Diante disso, a juíza responsável suspendeu a cobrança até o final da apuração do processo.
O Dr. Gleibe Pretti, professor da Jus Expert, especialista em Perícia Grafotécnica, que a pedido do SBT, realizou uma análise prévia, antecipando a conclusão oficial da polícia, explica: “A perícia grafotécnica é um processo técnico-científico que analisa a autenticidade de documentos escritos, como assinaturas e manuscritos. Realizada por peritos, essa análise compara o documento em questão com amostras autênticas da pessoa. Durante o exame, são avaliadas características gráficas, como a forma das letras, a pressão exercida e o ritmo da escrita. O objetivo é determinar se a assinatura ou escrita é genuína ou se há indícios de falsificação”.
Em dezembro de 2013, a empresa financeira de Tatuí entrou com a ação, pedindo o confisco da mansão da apresentadora, localizada em um condomínio em Itu, interior de São Paulo. A dívida era referente a um empréstimo de R$ 1,5 milhão feito em setembro de 2022. No entanto, a Justiça negou o pedido, e a empresa alegava que a família possuía uma dívida total de mais de R$ 11 milhões, o que reforçaria a tese de que a dívida não seria paga. A juíza responsável, Ana Laura Correa Rodrigues, considerou que não havia indícios de insolvência dos executados e que não era possível avaliar risco de dano ao resultado final da ação executiva.
“A perícia grafotécnica foi fundamental para esclarecer a autenticidade das assinaturas e contribuiu para a suspensão da cobrança milionária contra Ana Hickmann. O caso continua em investigação, e a Justiça aguarda os desdobramentos para tomar uma decisão final”, explica Pretti.
“Esse desfecho demonstra a importância da perícia grafotécnica em processos judiciais, garantindo a justiça e a proteção dos direitos das partes envolvidas. A análise minuciosa das assinaturas revelou a falsificação e trouxe alívio para a apresentadora . Ainda assim, o desfecho definitivo aguarda os próximos passos do processo legal”, finaliza Pretti.
Segundo o laudo complementar do Instituto de Criminalística (IC), Ana Hickmann teve suas assinaturas falsificadas em contratos oficiais com três instituições financeiras. A apresentadora havia apresentado 12 documentos com assinaturas supostamente falsas, mas a perícia apontou que dez delas não eram de sua autoria. Agora, Ana e seus advogados aguardam a conclusão oficial sobre a autoria do crime.