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PIX: nem tudo é benefício, veja cuidados a serem tomados

O PIX é uma realidade e, em uma primeira análise, é uma grande evolução em nosso sistema financeiro, possibilitando pagamentos instantâneos que deve substituir o TED e o DOC. A novidade teve início na terça-feira (03 de novembro) na chamada Fase Restrita, que vai até o dia 15 de novembro. Nessa fase a movimentação se limitará a apenas alguns clientes bancários, que realizarão operações de pagamento, em horários limitados.

A partir do dia 16 essa nova opção passará a funcionar a todos os clientes cadastrados todos os dias 24 horas. Se por um lado essa novidade amplia muito as opções de pagamentos e transferências bancárias, sem custos, bastando cadastrar uma chave no novo sistema para poder receber as transferências. Por outro lado também existem riscos.

O que mais me assusta é que essa é uma nova ferramenta para facilitar os gastos desenfreados. Lembrando que o PIX é bastante simples de utilizar pode incentivar ainda mais o consumo compulsivo da população, fato que já é bastante alto e leva milhões de consumidores ao endividamento. As pessoas terão que ter muito mais cuidado na hora das compras.

Também ressalto sobre pontos de preocupantes relacionados a golpes financeiros, que são simplificados com essa nova ferramenta, bem como os cuidados de segurança no uso de aparelhos de smartphones, com travas e maiores proteções, bem como cuidado em relação às senhas.

Ou seja, a ferramenta é interessante, mas grande parte da população deve se atentar para um problema que vem ocasionado problemas já há anos que é a facilidade de uso de ferramentas financeiras e a falta de educação financeira.

Se não for usada com consciência o PIX pode ser o ocasionador da entrada de milhões de pessoas para o cheque especial e outras linhas de crédito, aumentando ainda mais índices que já são assustadores. A modernidade é importante, mas ela precisa vir acompanhada de conhecimentos, para não termos reflexos não esperados dessas ações.

Infelizmente nesse período de pandemia observo uma diminuição de conteúdos relacionados a educação financeira e aumento de formas de compras, assim, esta é a hora de potencializar ainda mais ideias como consumo consciente e sustentável.

Por: Reinaldo Domingos- presidente da Associação Brasileira de Educadores Financeiros e da DSOP Educação Financeira

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