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Plano Detalhe: Os bastidores do terror: Sexta-feira 13

Foto IMDb

Se tem uma data cheia de curiosidade e até mesmo misticismo é a famosa Sexta-feira 13, mundialmente conhecida como o dia do terror. Muitos aproveitam essa relação para fazer campanhas que abordem esse tema, principalmente o cinema, que escolhe lançar filmes de terror justamente próximo a essa data. Então vamos aproveitar a mística e trazer curiosidades da obra nomeada por esse dia.

Em 1980 tivemos o lançamento de Sexta-Feira 13, dirigido por Sean S. Cunningham, ainda pouco conhecido no cenário. E mesmo não tendo um nome forte na indústria, ele teve como objetivo lançar um filme de terror que fosse altamente rentável. Para isso, ele se juntou ao roteirista Victor Miller com a ideia de criar algo inspirado em Halloween de John Carpenter. Sabendo disso, é possível encontrar diversas semelhanças entre eles, começando pelo título. Ambos fazem referência a uma data e para Cunningham havia sobrado a Sexta-feira 13.

Para o roteirista, o filme Halloween foi importante para que ele aprendesse a estruturar uma história de assassino. Com isso vêm as comparações. Ambos começam com uma visão em primeira pessoa mostrando um assassinato e em seguida a linha do tempo pula para anos depois introduzindo um grupo de adolescentes que se tornarão vitimas da criatura assassina.

Outra lição que Miller coloca em seu texto é o uso do sexo. Em Halloween, quem faz amor não sobrevive, então o mesmo acontece em Sexta-feira 13. Assim, com dois filmes de sucesso usando as ideias de ter um grupo de adolescentes como vitimas e o sexo como motivo de punição, o cinema de terror ficou marcado, tendo posteriormente outros repetindo esses dois aspectos.

Também temos semelhanças entre Michael Myers e Jason. Tanto o diretor quanto o roteirista queriam que o seu vilão fosse quase um protagonista e que tivesse como característica principal ser um assassino imparável, que chega no seu objetivo com toda a tranquilidade do mundo. Por isso Jason se tornou um personagem icônico; ele é devagar e mortal. E sim, você já deve ter notado, ambos usam máscara.

Mas não é apenas de inspiração a Halloween que vive o diretor Cunningham. Se tem algo marcante e único em sua obra são os efeitos especiais. O motivo para isso é a inclusão do conhecido Tom Savini, o mestre da maquiagem dos filmes de terror. Muitos não sabem, mas o porquê do seu trabalho ser tão relevante e sempre colocado como altamente realista é o fato dele ter trabalhado como fotógrafo na Guerra do Vietnã. A experiência de ter visto feridas reais em situações extremas fez com que pudesse atuar com o máximo de perfeição possível. Todo esse realismo de Savini foi fundamental para que Sexta-Feira 13 tivesse o diferencial, gerando todo o sucesso de bilheteria e dando início a uma das franquias mais famosas do terror. O longa de Cunningham se tornou tão relevante na cultura que com certeza quando você pensa nessa data a sua mente é tomada pela imagem de Jason e sua máscara de hóquei.

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