Jornal DR1

Polícia apreende centenas de bebidas em operação contra depósitos clandestinos

1_bebida-37201642

A Polícia Civil realizou, nesta quarta-feira (8), uma operação para coibir a comercialização de bebidas alcoólicas em depósitos clandestinos. As ações aconteceram em Água Santa, Zona Norte, e São João de Meriti, Baixada Fluminense.

Os agentes da Delegacia do Consumidor (Decon) receberam denúncias anônimas de estabelecimentos ilegais vendendo bebidas. As equipes estiveram nos locais para verificar a procedência e a validade dos produtos, além de verificar se há sinais de manipulação das embalagens.

Em Água Santa, os policiais constataram que o local não possuía autorização da prefeitura, nem licença da Vigilância Sanitária para funcionar. Ainda segundo apurado, os rótulos das bebidas eram “maquiados” para se aproximarem dos originais.

Durante a ação, centenas de bebidas foram apreendidas e encaminhadas para perícia. O responsável pelo depósito clandestino foi encaminhado à Decon para prestar esclarecimentos

Nesta terça-feira (7), o Governo do Rio lançou um curso para o reconhecimento de bebidas irregulares. O Treinamento Nacional de Identificação de Bebidas Falsificadas, Descaminhadas e Fora da Conformidade Legal, online e gratuito, tem o objetivo de capacitar profissionais do Sistema Nacional de Defesa do Consumidor e de órgãos parceiros.

Na ultima sexta-feira, a Secretaria de Estado de Defesa do Consumidor (Sedcon) e a Associação Brasileira de Bebidas (Abrabe) lançaram uma cartilha para a população saber como identificar bebidas falsificadas. Uma das dicas, que serve como sinal de alerta, são os preços muito abaixo do mercado. O consumidor também tem que se atentar aos rótulos, que precisam apresentar a identidade própria da marca, impressão nítida e sem erros de grafia. Já os contrarrótulos devem estar em português e conter o número de registro no Ministério da Agricultura.

As tampas precisam ter logomarcas e acabamento perfeito, sem espaços ou falhas. Outro ponto que deve ser observado são os lacres. Caso estejam imperfeitos, borrados ou com vazamento indicam falsificação.

A Secretaria de Estado de Saúde (SES) investiga quatro casos suspeitos de intoxicação por metanol no estado. Os pacientes são moradores de São Pedro da Aldeia e Cabo Frio, na Região dos Lagos; de Volta Redonda, no Sul Fluminense; e em Cantagalo, na Região Serrana.

Nesta quarta-feira (8), a SES lançou uma ferramenta digital que apoia profissionais de saúde na avaliação de casos de intoxicação. A plataforma, que possui objetivo de acelerar e aumentar a precisão do diagnóstico, já está disponível nas Unidades de Pronto Atendimento (UPAs) da rede estadual. 

A ferramenta foi desenvolvida pelo Centro de Informações Estratégicas em Vigilância em Saúde (CIEVS). A sugestão para usá-la nos casos suspeitos de intoxicação por metanol veio dos técnicos que participaram da Sala de Situação que coordena as ações. A plataforma calcula indicadores de gravidade automaticamente e orienta sobre o uso de antídotos e indicação de outros tratamentos, como hemodiálise, por exemplo. Além disso, orienta a conduta inicial dos profissionais, e as monitorizações necessárias para esses pacientes.

Outra funcionalidade é a recomendação sobre os índices de hidratação, a realização de eletrocardiograma, a avaliação neurológica, oftalmológica e de outros parâmetros. Um dos indicadores afere a composição bioquímica do sangue, e pode indicar uma intoxicação antes da confirmação laboratorial.

As pessoas que apresentarem visão turva, desconforto gástrico e quadros de gastrite após ingestão de álcool devem procurar a unidade de atendimento mais próxima de sua casa. A intoxicação por metanol pode causar cegueira irreversível e óbito.

Confira também

Nosso canal