O atual conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas não é travado somente no campo de batalha, é uma guerra de narrativas. Quem contar a melhor história consegue demonizar o inimigo e trazer mais apoiadores para a sua causa. A primeira vítima da guerra é sempre a verdade.

A recente explosão que assolou um hospital no sul da Faixa de Gaza representa bem esta situação. Diversos grandes veículos de mídia publicaram a informação sem se preocupar em quem era fonte, ninguém menos que o Hamas. 

Mesmo sem evidências ou imagens, boa parte da mídia culpou Israel pela explosão, o que corrobora com o interesse do grupo terrorista de pintar Israel como um grande vilão e acabar com qualquer chance de normalização e paz do país com seus vizinhos. 

O Hamas é uma organização que tem como objetivo a destruição total do Estado de Israel, e o terrorismo é uma ferramenta para isso. A intenção do grupo terrorista é causar uma reação exagerada por parte de Israel para levar o público a uma posição de rejeição extrema, para que não tenham mais tentativas de paz.

Todos os momentos da história que se chegou perto da paz o Hamas entra em ação, neste momento não foi diferente; a Arábia Saudita, que é o país mais importante para o mundo Islâmico, estava em vias de assinar um acordo de paz com Israel. Caso chegasse em uma situação de normalização, o grupo terrorista iria perder seu motivo de existência.

Fato é, estamos vivenciando uma guerra de informação, em que as notícias valem mais que tiros, e quem criar o melhor enredo vence. O Hamas sabe que belicamente não é páreo para Israel, mas pode se dizer pela forma como a grande mídia tem agido e a repercussão geral do conflito que o grupo terrorista não está distante dos seus objetivos.