Jornal DR1

Preço do aluguel no Rio desacelera e atinge menor patamar em um ano, aponta pesquisa 

Ainda assim, valor do metro quadrado registrado em fevereiro é o recorde da série histórica: R$ 39,51

O mercado residencial de aluguel no Rio de Janeiro começa a dar sinais de desaceleração nos primeiros meses deste ano. Dados do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb indicam que a alta dos novos contratos de aluguel atingiu 16,16% nos últimos 12 meses, encerrados em fevereiro. Foi o menor patamar registrado desde fevereiro de 2023. 

Os dados mostram que a alta dos preços para o consumidor tem diminuído gradativamente. Em julho, o acumulado em 12 meses atingiu o ápice (18,68%). Desde então, vem caindo lentamente mês a mês. 

Segundo Pedro Capetti, especialista em dados do Grupo QuintoAndar, trata-se de um sinal evidenciado em diversas capitais do país, como São Paulo e Belo Horizonte, cidades nas quais o segmento imobiliário tem sentido uma acomodação nos preços.

Entre os tipos de imóveis monitorados pela pesquisa, os de um e três dormitórios impactaram para esse movimento de desaceleração, em linha com o resultado da cidade. Os residenciais de dois quartos registraram movimento oposto, com o maior acumulado em 12 meses registrado desde março de 2020.

“O mercado imobiliário vem dando sinais de desaceleração desde o fim do ano passado, num movimento que se concretizou nos últimos meses. O Rio ainda tem uma alta mais expressiva dos preços do que outras capitais”, destaca.

Apesar da redução do ritmo de crescimento, o preço médio do metro quadrado chegou a R$ 39,51, ou seja, 1,43% acima do registrado em janeiro. É o maior valor registrado em toda a série histórica, iniciada em abril de 2019. É também o 30º mês consecutivo de alta nos preços. Desde agosto de 2021, a capital fluminense não observa redução no valor do metro quadrado.

Isso significa que uma pessoa que tenha decidido alugar um apartamento de 60 metros quadrados terá que desembolsar, em média, R$ 2.370 por mês de aluguel, sem contar o condomínio, IPTU e outras taxas.

Apesar do recorde nos valores, os consumidores ainda encontram espaço para negociar. Dados do Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb mostram que o desconto médio das transações feitas em fevereiro foi de 2,6%, representando 0,3 ponto percentual acima do valor registrado no segundo mês do ano em 2023. 

“Ainda há espaço para negociar e conseguir o melhor preço na hora de alugar. Para quem deseja barganhar, começar a busca mais cedo aumenta a chance de conseguir um desconto melhor”, diz Capetti. 

Sobre o Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb | Metodologia

A metodologia do novo Índice usa um modelo de preços hedônico, flexível, e incorpora dezenas de variáveis estruturais e locacionais para melhorar a qualidade e precisão dos dados. Fatores como tamanho, número de vagas de garagem, acessibilidade a escolas, entre outros, são levados em conta. Como resultado, o Índice se mostra um retrato fiel das tendências no mercado.

O Índice de Aluguel QuintoAndar Imovelweb substitui o antigo Índice QuintoAndar de Aluguel (e também o Index do Imovelweb). O novo Índice parte de uma base de dados maior e mais representativa.

Lançado em SP, Rio, Curitiba, Belo Horizonte, Porto Alegre e Brasília, o indicador tem periodicidade mensal. Acesse grupoquintoandar.com/indice-de-aluguel/ para mais informações.

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