O Governo do Estado é responsável por, pelo menos, três de históricas construções que, no lugar de guardar história, estão sendo depredadas, invadidas e saqueadas. No dia 27 de janeiro, devido a falta de manutenção predial, pedaços caíram, da fachada da antiga sede Tribunal de Contas do Estado (TCE-RJ), datada da década de 20.
O prédio do TCE é tombado desde 1994 como patrimônio municipal e desde 2015 está fechado. O local já foi alvo de depredação e grandes furtos, inclusive do elevador. A Secretaria de Planejamento e Gestão do Governo do Estado confirmou que vai tentar retomar as tratativas com a nova administração da Prefeitura de Niterói com o objetivo de finalizar o procedimento de formalização definitiva de sua gestão sobre o imóvel.
Outro casarão é o antigo Instituto Médico Legal (IML), fechado desde 2010 e completamente abandonado. O ex prefeito de Niterói, Waldenir de Bragança, lembra da época em que o IML estava em pleno funcionamento.
“O entorno do IML era característico de comércios voltados para a questão funerária. Em frente tinham quatro capelas e que eu, quando prefeito, consegui a transferência para o anexo do Maruí, onde dobramos e criamos oito capelas. Hoje em dia está tudo abandonado e acho que deveriam fazer algo para mudar esse espaço”, recordou.
A Polícia Civil informou que o imóvel em questão é de responsabilidade do Tribunal de Justiça (TJ). Porém, o Governo do Estado confirmou que já foi realizada uma vistoria no imóvel, com o objetivo de verificar suas reais condições. O local passará por intervenção emergencial para melhoria da conservação.
Como também, na Rua Marechal Deodoro, o antigo prédio da Secretaria de Estado de Fazenda, que ocupa quase um quarteirão inteiro, também está completamente abandonado.
Vale ressaltar que, muitos projetos já foram anunciados para esse local, como por exemplo, a inclusão do imóvel no Programa de Ocupação Cultural (POC) e a criação de um museu, mas nenhum deles avançou. No entanto, o Governo do Estado garantiu que serão realizadas intervenções pontuais e emergenciais visando sua guarda e conservação.
O prédio está inserido em um projeto da Secretaria de Planejamento e Gestão, ainda em desenvolvimento, que visa promover o adequado uso dos imóveis que não estão em utilização pela administração estadual.