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Prefeitura do Rio e ABNT lançam “guia” que vai auxiliar cidades na implementação de centros de operações

BNDES anuncia financiamento de R$ 117 milhões para o município e R$ 29 milhões serão investidos no COR em processos de Inteligência Artificial e sinais de trânsito inteligentes

A Prefeitura do Rio, em parceria com a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), celebrou, nesta segunda-feira (27/05), o lançamento da “Prática Recomendada ABNT PR 1021 – Centro de Operações de Cidade — Implementação”. O documento inédito no país é uma espécie de manual, que estabelece diretrizes para a implantação de centro de operações em qualquer cidade do país. No evento realizado no Centro de Operações (COR), na Cidade Nova, nesta segunda-feira, o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante, anunciou a liberação de R$ 117 milhões para a capital fluminense utilizar em ações de resposta a desastres, governo digital e gestão urbana inteligente com uso de inteligência artificial (IA).

– A gente busca, com o Centro de Operações, evitar que os impactos na vida da população sejam tão grandes. Evitar que as pessoas sejam surpreendidas por esses fenômenos e, principalmente, que morra alguém por causa desses eventos extremos. Se eu pudesse definir o grande mérito do COR é esse: salvar vidas. É inaceitável que alguém morra em uma enchente quando você tem serviços de meteorologia eficientes. Então, é uma alegria essa parceria com a ABNT, que nos dá um norte dos mais variados temas que devem ser modelos para diferentes atividades no Brasil. E muito obrigado ao BNDES por apoiar essas iniciativas para que a gente possa seguir avançando – afirmou o prefeito Eduardo Paes.

A “Prática Recomendada ABNT PR 1021 – Centro de Operações de Cidade – Implementação” é um protocolo que vai orientar qualquer cidade interessada em estabelecer equipamentos e procedimentos necessários para o enfrentamento de eventos extremos. O documento ajuda a reduzir a complexidade da gestão, aumentar a eficiência e aprimorar a tomada de decisões pelos órgãos públicos em cenários que possam causar riscos ou danos às regiões monitoradas e vai estar disponível no ABNT Catálogo.

– Recebemos visitas de todos os estados e municípios do país e há sempre a pergunta de como fazer e quanto custa a implementação de um equipamento como o COR. Chamamos a ABNT para criarmos esse instrumento que traz protocolos para cidades brasileiras de pequeno, médio e grande porte, que será um direcionador de políticas públicas de resiliência urbana para o Brasil – explicou o chefe-executivo do Centro de Operações Rio, Marcus Belchior.

O Centro de Operações Rio é um equipamento de resiliência urbana criado pelo prefeito Eduardo Paes em dezembro de 2010. O equipamento foi estruturado com o objetivo de antecipar soluções e minimizar ocorrências de grande impacto na cidade, como chuvas fortes, deslizamentos e acidentes de trânsito com reflexos na mobilidade urbana. O complexo usa tecnologia de ponta para receber e analisar as informações em tempo real, 24 horas por dia, sete dias por semana.

– Essa norma é um guia de implementação desse sistema, pioneiro no Rio de Janeiro, para qualquer tamanho de cidade. A ABNT está à disposição para aprimorar e elaborar outras normas que forem necessárias, para ser exemplo do Brasil – destacou o presidente da ABNT, Mario William Esper.

BNDES libera R$ 117 milhões para o Rio

Os recursos liberados pelo BNDES fazem parte do Programa de Modernização da Administração Tributária e da Gestão dos Setores Sociais Básicos (PMAT), destinado a apoiar projetos de investimentos voltados à melhoria da eficiência, qualidade e transparência da gestão pública, visando a modernização da administração tributária e qualificação do gasto público nos municípios. No total, serão destinados ao município do Rio R$ 117 milhões, sendo R$ 24 milhões para o COR investir em processos de Inteligência Artificial. Uma outra parte dos recursos (R$ 5 milhões) irá para uma rede de sinais de trânsito inteligentes.

– Você terá um sistema muito mais eficiente de gestão e isso vai melhorar também a qualidade de sistema do COR. E vamos levar essa experiência do COR para outras grandes cidades do Brasil, transformar num projeto que a gente possa financiar. A gente precisa aprender mais com a natureza e repensar o caminho do desenvolvimento sustentável. Parabenizo a cidade do Rio de Janeiro, que sempre esteve à frente do seu tempo. Olhem para o COR, aprendam com essa experiência, que o Brasil terá mais instrumentos para enfrentar os extremos climáticos – disse o presidente do BNDES, Aloizio Mercadante.

Inaugurado em 31 de dezembro de 2010, o COR passou por um processo de expansão no fim de 2022. Desde então, técnicos fazem uso do maior videowall da América Latina, com 104 m², composto por 125 telas de 55 polegadas, e uma abrangência significativa das áreas do município. O Centro de Operações Rio conta com 500 profissionais em três turnos, 24 horas por dia, monitorando as imagens geradas por mais de 3.500 câmeras espalhadas pela cidade.

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