O programa é uma forma de proteger e recuperar os ecossistemas dos mangues do município do Rio de janeiro

Foi lançado na última segunda-feira (5), dia Mundial do Meio Ambiente, o programa Guardiões dos Mangues. O projeto é uma realização da Prefeitura Municipal do Rio de Janeiro, por meio da Secretaria de Ambiente e Clima da Cidade, e tem como objetivo recuperar e cuidar da manutenção dos mangues da cidade do Rio de Janeiro, com a participação dos moradores dos territórios atendidos.

A cerimônia de lançamento contou com a presença do prefeito, Eduardo Paes, da Secretária de Ambiente e Clima da cidade, Tainá de Paula, e foi realizada no Mangue da Lagoa Rodrigo de Freitas, em frente ao Parque da Catacumba. Tainá de Paula, ressalta que a biodiversidade dos mangues faz com que essas regiões tenham um ecossistema produtivo e benéfico para o equilíbrio do meio ambiente.

“Mangues saudáveis podem auxiliar na regulação de catástrofes climáticas como enchentes, secas, clima, além de recuperar a degradação dos solos. Os mangues ainda promovem suporte na formação de solos e nutrientes, ajudam na retenção de sedimentos e são fonte de renda para populações locais”, afirma a gestora.

Ao todo, foram mapeadas oito áreas de mangues no município do Rio de Janeiro: enseadas da Baía de Guanabara, margens das lagoas da Barra da Tijuca, Praia da Brisa, em Pedra de Guaratiba, ao redor da Lagoa Rodrigo de Freitas, foz dos Canais de São Fernando e Guandu, em Santa Cruz, reserva Biológica de Guaratiba e na Restinga da Marambaia.

Tainá reforça ainda que a ocupação desordenada do solo urbano pode trazer uma série de consequências negativas para a sociedade. “Muitas vezes essa ocupação acaba por desconsiderar as questões ambientais, provocando uma intensa degradação da qualidade dos corpos hídricos, com consequências relevantes para a saúde pública e para o meio ambiente”, finaliza.

Como funciona

Ao todo, serão 10 frentes de trabalho, com quatro pessoas em cada uma delas. Os encarregados receberão uma bolsa auxílio no valor de R$1250 mensais, enquanto os demais guardiões receberão R$1000 de bolsa. Eles serão responsáveis pela gestão de cada uma dessas frentes de trabalho, protegendo e reportando situações ao órgãos responsáveis pela manutenção do respectivo mangue.

Melhorias na água da Lagoa

A gestão ambiental da Lagoa Rodrigo de Freitas, feita pela Secretaria de Ambiente e Clima, Fundação Rio-Águas e Comlurb, entre outros órgãos, já tem mostrado resultados na qualidade do espelho d’água. A melhoria da qualidade foi fruto do Plano Municipal de Contingência da Lagoa Rodrigo de Freitas, que estabeleceu as ações conjuntas de gestão hidráulica, ambiental e de resíduos sólidos da lagoa.

Com a melhoria das condições gerais, o entorno da lagoa começou a registrar o aparecimento de capivaras, galinhas d’água e colhereiros, sendo este um indicador de qualidade ambiental. Foi registrado ainda o aparecimento de biguás, que se beneficiam da fartura de pescados.