Grandes dívidas financeiras fizeram a livraria decretar falência; uma campanha foi feita para tentar manter Ao Livro Verde aberta
A mais antiga livraria do Brasil, Ao Livro Verde, encerrou suas atividades nesta segunda-feira (13) após lutar por meses para se manter. Com 179 anos de funcionamento, a empresa havia solicitado autofalência em julho, devido a uma dívida de R$ 1.886.264,91, aceita pela 5ª Vara Cível da Comarca de Campos.
A campanha SOS Ao Livro Verde buscou apoio político e social para evitar o fechamento, mas não conseguiu reverter a situação. Um grupo diversificado, incluindo escritores, jornalistas, historiadores, empresários e amantes da cultura, mobilizou-se publicamente para encontrar uma solução.
Em junho, um abraço simbólico à livraria visava unir forças políticas e sociais para resolver o problema. Participaram autoridades, representantes da sociedade civil, imprensa, ativistas culturais e a comunidade. A Câmara dos Vereadores de Campos propôs em outubro a desapropriação do imóvel e a criação da Casa de Cultura Ao Livro Verde, preservando sua arquitetura e mobiliário.
A Ao Livro Verde, em Campos dos Goytacazes, inaugurada em 13 de julho de 1844, não apenas resistiu ao tempo, mas também testemunhou transformações cruciais na história brasileira. Reconhecida no Guiness Book como a livraria mais antiga do Brasil, é um patrimônio histórico e cultural, com seu prédio tombado pelo Conselho de Preservação do Patrimônio Histórico e Cultural de Campos (Coppam).