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Primata resgatado em Miracema é levado para o Centro de Primatologia do Rio de Janeiro (CPRJ) administrado pelo Inea

 

Macaquinho foi atacado por cães e estava ferido e se recupera no CPRJ situado em Guapimirim

Um primata da espécie  Callicebus nigrifrons , conhecido como sauá da Mata Atlântica, foi resgatado por moradores no dia 16 de novembro, na cidade de Miracema, no Noroeste do Estado do Rio. O animal  havia sido atacado por cães e ficou ferido, sendo socorrido pela Secretaria de Meio Ambiente de Miracema. Com apoio do Comando de Polícia Ambiental (CPAm),  o sauá foi encaminhado para o Centro de Primatologia do Estado do Rio de Janeiro (CPRJ) que é administrado pelo Instituto Estadual do Ambiente (Inea) onde se recupera, após passar por exames e tratamento médico-veterinário.

“O animalzinho está no nosso Centro de Primatologia que é uma  referência para a preservação do patrimônio primatológico brasileiro”, ressaltou o presidente do Inea,Philipe Campello.

Endêmico da Mata Atlântica, o  Callicebus nigrifrons é uma espécie de ocorrência no Estado do Rio de Janeiro e alimenta-se de frutos, folhas, sementes e insetos. Ágil e hábil saltador , esse macaquinho vive em casais, formando grupos de até cinco indivíduos. Dormem em galhos no alto das árvores, uns ao lado dos outros, amontoados e utilizam a vocalização principalmente para marcar o seu território.

Sobre o CPRJ

O Centro de Primatologia do Rio de Janeiro dedica-se ao estudo e à conservação de primatas e foi  idealizado pelo primatólogo e conservacionista Adelmar Faria Coimbra Filho. Foi inaugurado em 1979 sob a tutela da antiga Fundação Estadual de Engenharia do Meio Ambiente (Feema), hoje  Instituto Estadual do Ambiente (Inea). Atualmente, o CPRJ é gerido pelo primatólogo, Alcides Pissinatti.

O CPRJ tem como principal objetivo assegurar a continuidade das espécies, por meio de um banco genético que visa dar suporte às colônias de primatas brasileiros. O centro cria somente primatas de espécies nativas do Brasil, com atenção especial para aquelas sob algum risco de ameaça de extinção.

São mantidos em cativeiro cerca de 340 primatas de 31 espécies (além de alguns híbridos) com a finalidade principal de reprodução e recuperação das populações nativas.

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