O Príncipe William no Rio marca a primeira visita oficial do herdeiro do trono britânico ao Brasil. O príncipe de Gales desembarca nesta segunda-feira (3) na Cidade Maravilhosa, onde participará de eventos dedicados à sustentabilidade, inovação e proteção ambiental antes de seguir para Belém (PA), onde representará o rei Charles III na COP30.

Durante sua passagem pelo Rio, William participará de encontros com líderes globais, investidores e representantes indígenas e comunitários. O objetivo é impulsionar ações voltadas à restauração ambiental e valorizar projetos locais que promovem o equilíbrio ecológico e social. O príncipe também deve visitar comunidades que se destacam por soluções pioneiras na preservação da biodiversidade.

Na quinta-feira, o herdeiro britânico será uma das principais presenças na cerimônia do Prêmio Earthshot, considerada uma das maiores láureas ambientais do mundo. O evento, realizado no Museu do Amanhã, celebra inovações capazes de combater desafios globais como as mudanças climáticas, a poluição e a perda de biodiversidade.

Antes de embarcar para Belém, William também participará da Cúpula Global do Programa United for Wildlife, que tem como foco o combate a crimes ambientais e o tráfico de espécies. O encontro acontece em parceria com o Ministério das Relações Exteriores, a Interpol, o Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crime (UNODC) e a Polícia Federal.

A presença do príncipe coincide com uma semana de intensa movimentação internacional no Rio, que recebe 53 eventos ligados à crise climática e à COP30. As atividades, distribuídas entre o Aterro do Flamengo, o Porto Maravilha e o centro da cidade, reúnem prefeitos, empresários e ativistas de mais de 40 países.

Entre os destaques estão o Fórum de Líderes Locais da COP30, a Cúpula Mundial de Prefeitos da C40, o Earthshot Week e o projeto Solário Carioca, inaugurado em Santa Cruz, na Zona Oeste. O trânsito na cidade sofre alterações desde a última quinta-feira, com bloqueios em vias próximas aos locais dos eventos.

A visita reforça o papel de William como figura de transição na monarquia britânica, alinhando o prestígio da realeza a causas ambientais globais — uma agenda que também é marca do reinado de Charles III. A passagem pelo Brasil, segundo analistas, simboliza o compromisso do futuro rei com a Amazônia e com o protagonismo dos países emergentes no debate climático.