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Prisão de Rodrigo Bacellar será analisada hoje pela Assembleia do Rio

Foto: Dovulgação

A Prisão de Rodrigo Bacellar será analisada hoje pela Assembleia do Rio, que vai decidir, nesta segunda-feira (8), se mantém ou revoga a detenção do presidente da Casa. O parlamentar é alvo de investigação por suspeita de vazamento de informações sigilosas ligadas à Operação Zargun.

Pela manhã, a Comissão de Constituição e Justiça da Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro se reúne para elaborar o Projeto de Resolução que vai embasar a votação. À tarde, o texto segue para apreciação no plenário, com a participação dos 69 deputados estaduais.

Para que a prisão de Rodrigo Bacellar seja revogada, são necessários ao menos 36 votos favoráveis. Caso esse número não seja atingido, a prisão preventiva será mantida por determinação judicial.

Além da prisão do presidente da Alerj, os agentes também cumpriram oito mandados de busca e apreensão e um mandado de intimação para aplicação de medidas cautelares. Bacellar foi preso dentro da Superintendência da Polícia Federal no Rio, localizada na Praça Mauá. O parlamentar nega qualquer irregularidade.

Todas as ordens judiciais foram expedidas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal. A investigação apura se houve vazamento de informações sigilosas relacionadas à Operação Zargun.

A operação que motivou a prisão teve como um de seus desdobramentos a detenção do ex-deputado TH Joias, em setembro, acusado de envolvimento com tráfico de drogas, corrupção e lavagem de dinheiro. Ele também é suspeito de negociar armas destinadas ao Comando Vermelho.

Segundo a Polícia Federal, a Operação Zargun tinha como alvo um esquema de tráfico internacional de armas e drogas, além de crimes de corrupção ativa, passiva e lavagem de dinheiro. Ao todo, foram cumpridos 18 mandados de prisão preventiva, 22 de busca e apreensão e o sequestro de cerca de R$ 40 milhões em bens.

De acordo com os investigadores, o grupo criminoso atuava de forma infiltrada na administração pública para obter acesso a informações sigilosas, garantir proteção às atividades ilegais e facilitar a importação de armamentos do Paraguai e equipamentos da China.

A votação desta segunda-feira é considerada decisiva para o futuro político de Rodrigo Bacellar e deve provocar forte repercussão no cenário político do Rio de Janeiro.

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