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Produtores de tomates de Paty do Alferes adotam o cultivo em estufas

Apesar da sua popularidade na Itália, o fruto tem suas origens nas Américas, é nativa da Região Andina englobando, o Peru, Norte do Chile e Equador. Pertence a uma extensa lista de alimentos da América Pré Colombiana desconhecidos do Velho Mundo antes das grandes navegações, da qual fazem parte o milho, vários tipos de feijão, batatas e frutos (abacate, cacau, sapoti, etc…). Sua condição de planta ornamental começou a mudar a partir do século XIX, quando passou a ser reconhecido como alimento.

O tomate é um fruto rico em vitaminas A B e C, em sais minerais como o fósforo, potássio, cálcio e magnésio. Possui uma dezena de variedades, está presente em todos os lugares dos quatro cantos do mundo e consumido de todas as formas, desde sucos, saladas e molhos. Podendo ser preparado de diversas maneiras: frito, assado, cozido ou refogado. Sendo, também, um dos líderes, juntamente, com o morango, na lista de alimentos naturais que mais utilizam agrotóxicos.

É uma planta relativamente sensível, exigindo diversos cuidados, no processo de cultivo, desde a atenção ao preparo do solo até os tratos necessários para garantir a qualidade final do produto. Por ser uma cultura suscetível ao ataque de pragas e doenças, muitas das vezes, são utilizados agrotóxicos para o combate. Produtos estes que são em suas maiorias prejudiciais a saúde do produtor, consumidor e dos insetos polinizadores.

Após enfrentarem muitos altos e baixos com o preço do fruto, os agricultores da região decidiram por investir em outra técnica, o cultivo protegido. Nesse sistema, o fruto é produzido dentro de estufas. O tomateiro é plantado em vasos que ficam suspensos sem haver o contato com o solo, evitando, com isso, a contaminação e proliferação de pragas e doenças, reduzindo em quase zero a utilização de agrotóxicos. Sendo possível controlar a velocidade do vento, umidade relativa, temperatura ambiente e proteção contra as chuvas fortes.

A cada ano que passa o clima fica mais instável, consequentemente, a produção agrícola acompanha essa oscilação e o preço do mercado comandado pela oferta e demanda, segue o fluxo. Para se manter competitivo, no mercado, aumentando a qualidade de seus produtos, os produtores da região de Paty do Alferes estão, cada vez mais, adotando o sistema de estufas, uma alternativa que eles encontraram para driblar os desafios da produção rural.

A produção nesse tipo de lavoura dura, aproximadamente, 60 dias desde a preparação até a colheita, diferentemente, do sistema tradicional em que o ciclo de colheita dura, em média, 3 meses. Como a plantação está protegida das condições climáticas desfavoráveis, continua produzindo por até oito meses. Esse tipo de produção tem se expandido nos últimos anos, fomentados pela grande influência dos elementos meteorológicos no cultivo dessa hortaliça, bem como de outras.

Além de fortalecer os conceitos de qualidade, competividade por melhores produtos no mercado a técnica de plantação protegida (em estufas) trás para os produtores a certeza do seu retorno da safra.

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