Programa mundial, do ex-presidente dos EUA, Bill Clinton, reúne milhares de lideranças de impacto para formação, mentorias e desenvolvimento de projetos com foco em inovação, ESG e ODs

O “Communication to Change”, da Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação (Rede JP) é um dos projetos selecionados para a Clinton Global Initiative University 2023 (CGI U), da Fundação Clinton, do ex- presidente dos EUA, Bill Clinton. Com projeção mundial, a CGI U é um programa de formação de lideranças transformadoras, que reúne milhares de iniciativas de impacto social, econômico e ambiental para mentorias, formações e desenvolvimento de projetos com foco em inovação, ESG e Objetivos para o Desenvolvimento Sustentável (ODs), da ONU.

Liderado pela Coordenadora Geral da Rede JP, Marcelle Chagas, e a Coordenadora de Diversidade, Equidade, Inclusão e Relacionamento Institucional (RI), Sandra Roza, o “Communication to Change” fará uma transformação global unindo comunicação, educação e engajamento para jovens estudantes impactados pela pandemia. Entre os parceiros da iniciativa está o Observatório de Gênero, Raça e Territorialidade na Ciência (GERATE, da Universidade Federal Fluminense – UFF), que tem se dedicado a estudar os efeitos da desinformação em territórios vulneráveis ​​e consegue levar um olhar sobre as demandas do público que serão atendidas.

“O propósito é fazer com que a comunicação seja agente de mudança e transformação para as próximas gerações e esta é uma oportunidade de reforçarmos a nossa atuação enquanto comunidade global de comunicadores, que desenvolve soluções compreendendo a importância do papel da informação para mudanças estruturais na sociedade. Desde a nossa criação, somos focados em valorizar a pluralidade de narrativas, compreendendo que este processo faz parte de disputas e que precisa ser amplificado”, destaca Chagas.

Além disso, as coordenadoras agora também fazem parte de uma Comunidade Global de Lideranças, da Fundação Clinton, sendo representantes da Rede JP e do Brasil. “É uma alegria imensa fazer parte de uma comunidade de lideranças globais engajadas e que querem fazer a diferença, como a CGI U. Enquanto representante da Rede JP, sei da importância e do impacto do projeto que vamos desenvolver, de forma global, ainda mais por ele ser liderado por mulheres negras que são Mestras e Especialistas em Comunicação. Vamos mostrar para o mundo o poder de transformação que a comunicação tem quando ela é feita de forma plural, incluindo pessoas que, muitas vezes, estão na margem, mas que são o centro. Isso tudo é colocar na prática e com protagonismo os Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODs), da ONU e o ESG”, explica.

Conectando, todos os anos, milhares de estudantes de graduação e pós-graduação de todo o mundo, a CGI U tem o objetivo inspirar a próxima geração de líderes a enfrentar os desafios prementes nas suas comunidades, com o desenvolvimento de soluções inovadoras para os desafios mais prementes do mundo. Nesse ponto, Marcelle que é Mestranda em Comunicação pela UFF, e Sandra, Mestra em Comunicação pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP), avaliam que as “universidades são fonte de inovação e desenvolvimento de projetos, mas, na maioria das vezes, esse conhecimento fica mais restrito ao público universitário. Quando conseguimos levar a pesquisa para as comunidades e construir em conjunto com elas, podemos alcançar outras pessoas e solucionar problemas reais, e esse é o propósito do Communication to Change”, destacam.

Fortalecendo o pilar Educacional da Rede JP, o “Communication to

Change” será um das ações que a organização realizará de forma global. A Rede JP atua com os pilares de educação, empregabilidade e representatividade buscando soluções para problemas sociais através da democratização do processo de Comunicação com foco na inovação através de conexões nacionais e internacionais.

Marcelle Chagas – Coordenadora geral da Rede de Jornalistas Pela Diversidade na Comunicação (Jornalistas Pretos)

Jornalista com MBA em marketing e Comunicação Online. Mestranda em Comunicação pela Universidade Federal Fluminense (UFF), Assessora de comunicação especializada em saúde e ciência. Finalista dos prêmios jornalísticos Troféu Mulher Imprensa 2022 e HSBC/Sustentabilidade. Coordenadora da Rede JP e do Observatório Gerate.

Sandra Roza – Coordenadora de Diversidade, Equidade e Inclusão e Relacionamento Institucional
Jornalista pela Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) com Mestrado em Comunicação, pela mesma instituição. Atualmente, cursa pós-graduação (lato sensu – especialização) em Comunicação e Sociedade 5.0, na HSM University.

Na Rede JP, coordena a área de Diversidade, Equidade e Inclusão e Relacionamento Institucional, desde 2021. Já coordenou também a área de Comunicação Digital e Parcerias, no mesmo ano, além de escrever, com a Marcelle Chagas, a reportagem internacional: “Pandemia aumenta o desemprego de jornalistas negros no Brasil”, para a Le Label Diplomatique (França – Agosto/2021). A partir de 2023, é a representante da Rede JP na Clinton Global Initiative University Class 2023 (CGI U) e na Comunidade de Lideranças Globais, da Fundação Clinton.

CLINTON GLOBAL INITIATIVE UNIVERSITY

Com escritórios localizados em Nova York e Little Rock, Arkansas, a CGIU é uma corporação sem fins lucrativos, criada pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, com a missão declarada de “fortalecer a capacidade das pessoas nos Estados Unidos e em todo o mundo para enfrentar os desafios da interdependência global”. Até 2016, a fundação havia levantado 2 bilhões de dólares de empresas norte-americanas, governos e corporações estrangeiras, doadores políticos e vários outros grupos e indivíduos. A fundação ganhou elogios de especialistas em filantropia e tem atraído apoio bipartidário.

SOBRE A REDE DE JORNALISTAS PRETOS (REDE JP)

A Rede de Jornalistas pela Diversidade na Comunicação, também conhecida como Rede JP, é uma organização não governamental, que atua com o objetivo de tornar a comunicação, no Brasil e no exterior, mais diversa e representativa. Para fortalecer essa estrutura a rede se apoia em três pilares fundamentais para um desenvolvimento dos jornalistas que integram a JP: representatividade, educação e oportunidade.O projeto visa o desenvolvimento do trabalho jornalístico produzido por pessoas da comunidade negra, indígena, quilombola e periférica do país.

A JP é composta por profissionais negros e indígenas, que atuam em veículos independentes afrocentrados, grande mídia, empreendedores de comunicação, estudantes e comunicadores populares de diversas partes do país. Com foco na produção de informação, o projeto busca fomentar uma rede, com a finalidade de aproximar profissionais e estudantes de comunicação de oportunidades no setor, cursos, eventos e ainda conta com um site de empregabilidade. Tudo isso para que esses profissionais e futuros atuantes da profissão, vejam possibilidades de desenvolvimento e façam parte de uma rede de contatos que pode tornar possível oportunidades de emprego na área.

A organização está alinhada com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Organização das Nações Unidas. Em 2012, a ONU instituiu 17 Objetivos de Desenvolvimento Sustentável para superar os maiores desafios do nosso tempo, cuidar do planeta e melhorar a vida de todos. A atuação da Rede JP atende 7 desses objetivos.