Projeto Florestas Inteligentes une universitários para desenvolver soluções inteligentes para a conservação da biodiversidade e geração de renda em comunidades da Amazônia e Mata Atlântica
Com o objetivo de promover melhor qualidade de vida a moradores de comunidades ribeirinhas da Amazônia e da Mata Atlântica e proteger a biodiversidade dessas regiões, alunos do Centro Universitário Facens – referência nacional em metodologias inovadoras de educação nas áreas de arquitetura, engenharia, saúde e tecnologia – e do Centro Universitário do Estado do Pará (CESUPA) desenvolveram soluções para facilitar a produção e comercialização de frutos, raízes e hortaliças de forma sustentável, além de gerar renda. A iniciativa aconteceu por meio do Projeto Florestas Inteligentes.
Na Ilha de Cotijuba, em Belém (PA), os estudantes criaram uma ferramenta para facilitar a coleta de frutos para o Movimento de Mulheres das Ilhas Belém (MMIB), com o intuito de reduzir o risco de possíveis acidentes entre os membros que sobem nas árvores para colher açaí, tucumã, coco, entre outros frutos, além de promover um melhor aproveitamento dos recursos naturais.
Já em Tapiraí (SP), na região de Mata Atlântica, a ferramenta desenvolvida foi um sistema de irrigação inteligente que utiliza energia solar fotovoltaica e aproveita a água da chuva nas plantações por meio de um sistema temporizador. A iniciativa atende às necessidades dos produtores rurais da Associação Rural Comunitária de Promoção Humana e Proteção à Natureza e promoveu o aumento da produtividade e a melhoria da qualidade das hortaliças, açafrão e gengibre cultivados no local.
Para Vitor Belota, gerente de Sustentabilidade e Educação Inovadora do Centro Universitário Facens, um dos diferenciais do Florestas Inteligentes é o impacto gerado na vida dos alunos. “Eles têm a chance de sair de sala de aula e conhecer o maior patrimônio natural brasileiro: nossas florestas. Além disso, podem tirar suas ideias do papel e transformar vidas reais. Outro ponto que destacamos é que as ferramentas são criadas depois de ouvirmos os moradores para entender as demandas e aproveitar sua sabedoria”, diz.
Outras soluções de destaque foram tecnologias sociais que otimizaram a conservação dos frutos da Amazônia e permitiram a transformação em insumos, como farinhas de coco, tucumã, banana verde, entre outras. Houve também a criação de um processo eficiente para extração do óleo de coco extravirgem. Já em São Paulo, foram implementadas máquinas e processos para agregar valor e transformar o gengibre e açafrão in natura para em pó.
Projeto premiado
Entre os dias 11 e 13 de dezembro, o Centro Universitário Facens ganhou a Bronze Medal na categoria “Sustentability Education” (Educação em Sustentabilidade), no QS Reimagine Education Awards, com o Projeto Florestas Inteligentes. O prêmio teve mais de 1200 inscritos de todo o mundo e é uma iniciativa que reconhece e celebra os pioneiros da educação, criando uma comunidade de inovadores comprometidos em redesenhar a aprendizagem e as oportunidades de trabalho para as próximas gerações. O evento de premiação acontecerá de 11 a 13 de dezembro.
Em 2022, o projeto também foi premiado na categoria “Beneficiando a Sociedade” do Green Gown Awards, premiação chancelada pela ONU e que reconhece iniciativas excepcionais de sustentabilidade realizadas por universidades de todo o mundo. O projeto vencedor desenvolveu tecnologias sociais e soluções inteligentes, de alto impacto sustentável, para levar água potável às comunidades ribeirinhas da Amazônia.