O Cruzeiro conta com o apoio do governo de Minas Gerais para tentar reverter a decisão da CBF, que determinou a realização do jogo contra o Palmeiras no Mineirão, pela 37ª rodada do Brasileirão, com portões fechados. O governo mineiro anunciou que acionará a Justiça nesta semana para tentar suspender a medida.
A partida está marcada para quarta-feira, às 21h30, no Mineirão, em Belo Horizonte (MG). O Cruzeiro ainda não se pronunciou oficialmente sobre a obrigatoriedade de jogar sem público, mas aguarda o desdobramento da ação judicial.
Pedro Lourenço, proprietário da SAF do clube, já manifestou sua insatisfação com a decisão da CBF. Em declaração ao Estadão, ele afirmou: “Não concordamos com isso.”
A “barbárie” mencionada refere-se à emboscada realizada pela principal torcida organizada do Palmeiras contra a Máfia Azul, na rodovia Fernão Dias, em Mairiporã (SP). O ataque resultou na morte de José Victor Miranda dos Santos, de 30 anos, que sofreu queimaduras e lesões graves. Outros 17 torcedores ficaram feridos no confronto.
Em comunicado oficial, a CBF justificou sua decisão alegando a necessidade de “garantir a segurança de todos os torcedores e cidadãos, diante dos graves riscos” apontados pelo Ministério Público de Minas Gerais (MP-MG) e pela Polícia Militar do estado.
O ofício, assinado por André Matos, diretor jurídico da CBF, e Júlio Avelar, diretor de competições, foi encaminhado aos clubes envolvidos.