Conheça um pouco mais sobre o camisa 10 do Tetra

Raí Souza Vieira de Oliveira transcendeu as fronteiras do futebol para se tornar uma figura icônica, não apenas como o maior camisa 10 da história do São Paulo, mas como um líder visionário e defensor incansável de causas sociais.

Nascido em Ribeirão Preto em 15 de maio de 1965, Raí, irmão do lendário Sócrates, começou sua jornada no Botafogo de Ribeirão Preto aos 15 anos. Sua ascensão ao estrelato foi notável, marcada por uma timidez superada pelo futebol, uma paixão que lhe permitiu expressar-se plenamente desde a infância.

Seu vínculo com o São Paulo, iniciado em 1987, foi transformador. Sob a tutela do técnico Telê Santana, Raí floresceu, tornando-se um artilheiro prolífico. Em 1991, foi o capitão que conduziu o São Paulo à glória no Campeonato Brasileiro, iniciando uma era de títulos que incluiria a Libertadores e a Copa Intercontinental em 1992.

O auge de sua carreira internacional ocorreu no Paris Saint-Germain, onde, de 1993 a 1998, Raí não apenas conquistou troféus, mas também foi eleito o maior jogador na história do clube francês em 2020. Sua influência transcendia o campo, sendo o capitão e cérebro do time.

Ao retornar ao São Paulo em 1998, Raí provou que sua lenda estava longe de terminar. Apesar de lesões, ele manteve uma maestria notável, conquistando o Campeonato Paulista e deixando sua marca com o último gol como profissional em 2000.

Raí também teve uma jornada pela Seleção Brasileira, sendo parte vital da equipe tetracampeã na Copa do Mundo FIFA de 1994. Marcou 16 gols em 51 jogos, destacando-se como o camisa 10.

Além dos gramados, Raí é conhecido por sua dedicação às causas sociais. Fundou a Fundação Gol de Letra em 1998, ao lado de Leonardo, buscando promover a educação integral de crianças através do esporte e cultura. Em 2006, co-fundou a Atletas pela Cidadania, dedicada a causas sociais.

No cenário político, Raí assumiu um papel importante: em 2017, tornou-se executivo de futebol do São Paulo, contribuindo para a gestão do clube. Em 2022, foi nomeado membro do Grupo Técnico de Esporte do Gabinete de Transição Governamental, evidenciando sua visão além do esporte.

Raí não é apenas uma lenda do futebol; é um líder, filantropo e visionário. Sua influência vai além dos gramados, moldando o presente e o futuro, com um legado que transcende títulos e troféus.