Vacinação contra a raiva é fundamental para evitar a doença e garantir a saúde dos animais de estimação e da comunidade.

A raiva tem se destacado nos últimos meses devido aos casos da doença em diversas regiões do país, como o interior de São Paulo, Santa Catarina e Minas Gerais. Esse cenário ressalta a importância da prevenção em relação à raiva, que deve começar pelos animais de estimação, de acordo com Kathia Almeida Soares, médica-veterinária e coordenadora técnica pet da MSD Saúde Animal. A doença é uma zoonose, ou seja, afeta não apenas os pets, mas também os humanos.

A forma mais comum de transmissão da raiva é por meio da mordida de um animal infectado, como cães, gatos ou morcegos. O vírus da raiva afeta o sistema nervoso central, causando distúrbios como alterações comportamentais e paralisia progressiva.

Sintomas como agressividade e salivação excessiva são bem conhecidos, sendo a salivação decorrente da dificuldade de deglutição causada pela paralisia. Geralmente, os sinais evoluem para coma e morte. Ao notar qualquer alteração no pet, é importante levá-lo a um médico-veterinário de confiança para que seja examinado e receba os cuidados adequados.

A prevenção da raiva é realizada por meio da vacinação, que pode ser feita em qualquer época do ano. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), imunizar 70% dos animais onde a doença está presente pode reduzir para zero os casos em humanos.

Cães e gatos podem receber a primeira dose da vacina antirrábica a partir de 12 semanas de vida, a menos que haja outra orientação do fabricante. A revacinação deve ser feita conforme a bula do produto utilizado, geralmente anualmente com os biológicos disponíveis no Brasil. É fundamental que o tutor converse com um médico-veterinário de confiança para decidir qual produto e protocolo utilizar.

A vacinação dos animais não só protege os pets, mas também contribui para a proteção da comunidade. A raiva é uma zoonose fatal tanto para os pets quanto para os humanos, e manter a carteira de vacinação dos animais em dia é essencial. É importante caminhar em direção à Saúde Única, buscando proteger tanto os pets como as pessoas.