A Reserva era área reconhecida como floresta protetora da União, pelo Império do Brasil. Em seguida, passou a ser considerada horto florestal até, em 1977, se tornar Reserva Biológica. Abrange, principalmente, o Município de Petrópolis e o Município de Miguel Pereira.
É constituída de uma área geográfica delimitada, dotada de atributos naturais excepcionais, inserida no bioma Mata Atlântica e possuindo em seus limites ecossistemas bastantes significativos. Ela tem cobertura vegetal formada, principalmente, por floresta ombrófila densa montanha e submontana (chamada também de floresta tropical pluvial) e vegetação rupícola (vegetação das encostas e regiões íngremes).
As matas são compostas por vegetação secundária nos estágios avançados e médio de sucessão e com grande presença de magníficos afloramentos rochosos. A área que era destinada à produção de frutas e madeira, no passado, não chega a 10% de seu tamanho original, sendo o restante de floresta densa em excelente estado de conservação, refúgio seguro para inúmeras espécies típicas da Mata Atlântica fluminense.
Seu relevo fortemente acidentado faz com que ela abrigue, também, rica vegetação rupícola, e nos topos das montanhas graníticas que a compõem encontramos campos de altitude bem preservados e a bela e rara flor conhecida como rabo-de-galo (Worsleya rayneri), espécie endêmica da Serra das Araras. Destacando-se vertentes rochosas íngremes, com declividade de 50% a 70% e com variações de altitude entre 910 a 1766 metros (Pico do Couto).
A Reserva Biológica de Araras tem como objetivo, desde a sua criação, assegurar a preservação integral dos remanescentes de Mata Atlântica e demais atributos naturais presentes no chamado Corredor da Serra do Mar; ampliar o potencial de conservação da Região Serrana Fluminense, assegurando a perpetuidade dos benefícios ambientais relacionados a diversidade biológica; manter populações de animais e plantas nativas e oferecer refúgio para espécies raras, vulneráveis, endêmicas e ameaçadas de extinção da fauna e flora nativas; preservas montanhas, rios e demais paisagens notáveis contidas em seus limites; e assegurar a continuidade dos serviços ambientais.
Com seus 3.862 km, a Reserva permite, apenas, visitas com objetivos educacional e a realização de pesquisas científicas mediante prévia autorização. Para chegar até a reserva existem três maneiras: a estrada entre Araras e Vale das Videiras, com 44 km de extensão, liga o Município de Paty do Alferes à localidade de Araras; a estrada Caminho do Ouro, ao sul da reserva, ligando Petrópolis a Miguel Pereira em estrada de chão; e o trecho Rio-Petrópolis da Br-040 que corta o sudoeste da reserva e o acesso se dá na saída do Km 65 para Araras.