Ricardo Cravo Albin, nasceu em Salvador em 20 de dezembro de 1940, é advogado, jornalista, historiador, crítico, radialista e musicólogo, sendo considerados um dos maiores pesquisadores da Música Popular Brasileira.
Sua maior obra é o Dicionário Cravo Albin da Música Popular Brasileira, com cerca de sete mil verbetes e referência na área musical.
Ricardo formou-se em Direito, Ciências e Letras pela Faculdade de Direito da Universidade do Brasil em 1963, no ano seguinte formou-se em Direito Comparado pela Universidade de Nova Iorque, bem como tendo estudado línguas em instituições privadas e entre 1961-1962 o curso do Centro de Preparação de Oficiais da Reserva.
Cravo Albin fundou e dirigiu o Museu da Imagem e do Som (MIS) do Rio de Janeiro entre 1965 e 1971, além de outros análogos em várias cidades brasileiras; Albin foi ainda diretor geral da Embrafilme e presidente do Instituto Nacional de Cinema (INC). É também autor, desde 1973, de aproximadamente 2500 programas radiofônicos para a Rádio MEC.
Em 29 de março de 1968, após três meses daquele ano promovendo a gravação de depoimentos de personalidades da música popular brasileira, em especial representantes dos ranchos e escolas de samba, promoveu o hoje célebre depoimento secreto de João Cândido Felisberto, o líder da Revolta da Chibata, no estúdio do Museu da Imagem e do Som do Rio de Janeiro, tendo como parceiro na entrevista o historiador Hélio Silva.
Durante o regime militar Ricardo Cravo Albin trabalhou para o Conselho Superior de Censura, onde em seu livro de memórias se expôs como “opositor inarredável” da censura, ao lado dos outros conselheiros progressistas contra as decisões tidas como estúpidas, tomadas pelos funcionários da DCDP (Divisão de Censura de Diversões Públicas).
Ainda em seu livro, ele referiu aos pareceres dos censores como “indigentes” e “amontoado de asneiras e preconceitos”. Porém, dentre os vários artistas, propostos por Ricardo Cravo Albin para censura através da DCDP, encontramos Raul Seixas com exemplo da proibição de difusão do Rock das ‘Aranha’ em emissoras de rádio e TV em veto oficializado.
No ano de 1994 tornou-se “Sócio Benemérito” das escolas de samba Mangueira, Portela, Império Serrano, Salgueiro e União da Ilha e foi fundador e presidente do Conselho Consultivo de Pesquisadores da LIESA (Liga Independente das Escolas de Samba). Ainda em 1994 trabalhou como Consultor da UERJ e do seu Centro de Pesquisas Sociais; Representante do Brasil – como convidado da ONU – junto ao Comitê Organizador da ONU para preparação das Festas Populares dos 50 anos da ONU; Membro da Comissão Organizadora para as “Comemorações do V Centenário do Descobrimento do Brasil” (Ministério das Relações Exteriores) e atuou como Representante do Brasil em palestras sobre cultura popular (Madrid, Barcelona, Washington, San Francisco, Lisboa, Aruba e Estocolmo) até o ano de 1996. No ano seguinte, em 1997, foi eleito Membro Efetivo do PEN CLUB do Rio de Janeiro.