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Rio capital mundial do livro

Foto: Arquivo pessoal

Cidade é a primeira  de língua portuguesa a receber esse título

Por  David Antunes 

Se até bem pouco tempo o Brasil era conhecido por ser um país onde o hábito de leitura era uma raridade, quem imaginaria que uma cidade do país seria eleita a capital mundial do livro pela UNESCO? 

A cerimônia oficial de abertura aconteceu na quarta-feira (23/04)  no Teatro Carlos Gomes, que fica na Praça Tiradentes, no Centro do Rio, com a presença do Prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, autoridades municipais, escritores, poetas, artistas e amantes da leitura. 

O Rio de Janeiro é a primeira cidade de língua portuguesa a receber esse título, concedido pela UNESCO, que designa uma Capital Mundial do Livro a cada ano. Depois de Acra, em 2023, e Estrasburgo, em 2024, a Cidade Maravilhosa foi nomeada, pela diretora-geral da UNESCO, Audrey Azoulay, como Capital Mundial do Livro para 2025.

O evento contou com um espetáculo musical no palco do Carlos Gomes, onde Jeanne Barseghian, prefeita de Estrasburgo, capital mundial do livro de 2024, fez a entrega simbólica do título a Eduardo Paes. 

“Esse título tem um valor imenso porque o Rio é a primeira cidade de língua portuguesa a assumir esse papel. É um ano para celebrar a leitura”, disse Paes. 

O evento contou com a presença da Coordenadora de Cultura da UNESCO,Isabel de Paula, do presidente da Academia Brasileira de Letras, Merval Pereira, do Secretário Municipal de Cultura, Lucas Padilha,  da cantora Camila Amarote, do presidente do SNEL – Sindicato Nacional dos Editores de Livros,  Dante José Alexandre Cid,  do presidente da Câmara Brasileira do Livro,Sevani Matos, da diretora GL Exhibitions Brasil e da Bienal do Livro,  Tatiana Zaccaro, do cantor Marquinhos de Sócio, da cantora Fernanda Abreu, da  presidente da ABBA – Academia Brasileira de Belas Artes, dra. Vera Gonzalez e da vice-presidente da FALB – Federação das Academias de Letras do Brasil, dra. Ana Cristina Campelo.

Muitos artistas se apresentaram como o ator e humorista Gregório Duvivier , que apresentou a camerata da máquina de escrever, a atriz e poetisa Elisa Lucinda, que recitou poemas de Antônio Vieira, Adélia Prado, Cecília Meireles e dela mesma e o ator e cantor Toni Garrido, que homenageou Machado de Assis.

Na ocasião, Oscar Gonçalves, da Fundação Biblioteca Nacional também falou sobre a importância de estar entre as 10 maiores bibliotecas do mundo.

Como a 25ª cidade a ostentar o título desde 2001, o Rio de Janeiro segue Madri (2001), Alexandria (2002), Nova Deli (2003), Antuérpia (2004), Montreal (2005), Turim (2006), Bogotá (2007), Amsterdã (2008), Beirute (2009), Liubliana (2010), Buenos Aires (2011), Erevã (2012), Bangkok (2013), Porto Harcourt (2014), Incheon (2015), Breslávia (2016), Conacri (2017), Atenas (2018), Xarja (2019), Kuala Lumpur (2020), Tiblíssi (2021), Guadalajara (2022), Acra (2023) e Estrasburgo (2024).

Esse é um reconhecimento em virtude da excelência dos programas de promoção da leitura no município. Para fortalecer ainda mais essas atividades, a Secretaria de Cultura lançou o Edital Rio Capital Mundial do Livro.

A programação do Rio Capital Mundial do Livro 2025 também inclui ações voltadas ao desenvolvimento econômico do setor e à valorização da cadeia produtiva do livro. Desde agosto de 2024, a Prefeitura já investiu cerca de R$5,1 milhões em editais voltados à realização de feiras literárias, capacitação de escritores, promoção da literatura brasileira e incentivo a autores cariocas.

Eduardo Paes resumiu esse título com a seguinte frase: “O Rio continua lindo e lendo!”

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