Lago Guaíba fica abaixo do nível de inundação pela primeira vez em um mês. Governo Federal atua para atender necessidades das comunidades indígenas afetadas pelas enchentes
Neste sábado, 1º de junho, o nível do lago Guaíba, em Porto Alegre, ficou abaixo da cota de inundação pela primeira vez em um mês. Desde o dia 2 de maio o Guaíba não ficava abaixo do nível de inundação, de 3,60. Às 18:15 deste sábado o nível chegou a 3,55.
O número de pessoas em abrigos também está diminuindo. Durante a transição de sexta-feira, 31 de maio, para este sábado, mais de mil indivíduos saíram dos abrigos. De acordo com os registros da Defesa Civil divulgados neste sábado pela manhã, o total de pessoas em abrigos é de 37.812 pessoas, em comparação às 39.595 pessoas registradas na sexta-feira.
DEFESA – As ações de resgate das Forças Armadas no Rio Grande do Sul, por via aérea, fluvial e terrestre, contabilizam mais de 71 mil pessoas resgatadas e 10.500 animais. Os dados atualizados neste sábado, 1º de junho, mostram que são mais de 28 mil militares, policiais e agentes envolvidos, que contam com mais de 2.400 viaturas, 160 equipamentos de engenharia, 48 aeronaves, 103 embarcações e 13 navios multitarefas. Os militares também atuaram na limpeza de 38 escolas e sete unidades de saúde. Os 12 hospitais de campanha militares seguem em funcionamento.
INDÍGENAS – O Governo Federal atua no auxílio às comunidades indígenas afetadas pelas enchentes no Rio
Grande do Sul em uma ação coordenada pela Secretaria de Saúde Indígena (Sesai), do Ministério da Saúde. Até o momento, 13 missões com equipes de voluntários da Força Nacional do SUS (FN-SUS) foram deslocadas para as comunidades atingidas. Durante as comitivas, são prestados atendimentos em saúde à população indígena, envio de insumos medicamentosos, mapeamento dos danos e diálogo com lideranças para levantamento das necessidades da comunidade.
Em colaboração com o Distrito Sanitário Especial Indígena (DSEI), o Ministério da Saúde realiza ações de monitoramento da saúde das populações indígenas, além de fornecer apoio logístico e operacional para a chegada dos voluntários em áreas de difícil acesso. A medida provisória (MP) de liberação de crédito extraordinário, editada pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em 12 de maio, traz a liberação de R$ 861 milhões para ações de saúde primária e especializada, vigilância epidemiológica, assistência farmacêutica e contratação temporária de profissionais. Desse recurso, R$ 21,4 milhões são para a saúde indígena.
ALERTA – O Centro Nacional de Monitoramento e Alertas de Desastres Naturais (Cemaden), vinculado ao Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação, emitiu alertas sobre o risco hidrológico para este domingo, dia 2, em duas áreas no Rio Grande do Sul. Na mesorregião Sudeste Rio-Grandense, com destaque para os municípios banhados pela Lagoa dos Patos, o risco hidrológico é classificado como “muito alto”.
Enquanto isso, na mesorregião Metropolitana de Porto Alegre, o risco hidrológico é considerado “moderado”, devido à diminuição da onda de cheia proveniente das bacias hidrográficas dos rios Jacuí, Taquari, Caí e Sinos, que estão acima da cota de alerta, porém em processo de vazante.
Veja a previsão de riscos Geo-Hidrológicos.
HABITAÇÃO – O ministro Paulo Pimenta, da Secretaria Extraordinária de Apoio à Reconstrução do Rio Grande do Sul, destacou na manhã deste sábado a medida do Governo Federal que visa dar assistência habitacional para as pessoas afetadas pelas enchentes no Rio Grande do Sul. O ministro enfatizou que o recurso será destinado a “todas as pessoas que se enquadram na faixa 1 e 2 do Minha Casa, Minha Vida, quem tem salário de até R$ 4.400 reais”.
Ele destacou, ainda, que em cada cidade acontecerá de uma forma diferente. “Nós já mandamos bloquear todos os imóveis que estavam pra ir a leilão no Banco do Brasil, na Caixa Federal, o Minha Casa, Minha Vida. Nós vamos fazer um chamamento público para as pessoas que quiserem vender imóveis pra que eles possam ser adquiridos.”