O Centro do Rio de Janeiro voltou a registrar um preocupante aumento nos roubos ao cair da tarde, reacendendo o alerta entre moradores, trabalhadores e comerciantes da região. Os assaltos, cada vez mais frequentes, são praticados em sua maioria por menores de idade que agem a pé ou de bicicleta, escolhendo alvos vulneráveis em meio à correria do fim do expediente.
Os criminosos agem com rapidez e muitas vezes com violência. Roubo de celulares, bolsas, mochilas e outros pertences pessoais se tornou rotina em áreas próximas a estações de metrô, pontos de ônibus e centros comerciais. A movimentação intensa, somada à distração de quem está a caminho de casa, facilita a ação dos assaltantes.
Conhecidos como “trombadinhas”, esses jovens haviam tido suas ações reduzidas nos últimos anos, graças ao reforço no policiamento e à presença de guardas municipais. No entanto, nos últimos meses, o cenário voltou a piorar, gerando sensação de insegurança e abandono em quem transita pela região no final do dia.
Comerciantes relatam perdas, clientes assustados e até queda no movimento após determinado horário. Moradores e trabalhadores têm alterado rotas e evitado permanecer na rua depois das 17h. “A gente sai olhando para os lados o tempo todo, com medo de virar alvo. É um estresse diário”, conta uma funcionária de uma loja na Rua Uruguaiana.
A população pede mais policiamento ostensivo, iluminação pública em trechos escuros e ações sociais que evitem a reincidência dos jovens infratores. Enquanto isso, autoridades afirmam estar mapeando os pontos mais críticos e prometem reforçar a segurança nos horários de maior vulnerabilidade.
Mas, por enquanto, a sensação de medo reina no coração da cidade. Quem precisa circular pelo Centro no fim da tarde já sabe: é preciso atenção redobrada.