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Serra: Rio das Flores – Uma escapada na rota das fazendas do café

Rio das Flores esta incluída entre os 15 municípios da região do Vale Fluminense do Paraíba do Sul, denominada região do Vale do Café que na década de 1860 produziram 75% de todo café consumido no mundo, garantindo, ao Brasil da época, a condição de líder mundial na produção e exportação do café, que divergia opiniões médicas e que acabou por se tornar uma das bebidas mais apreciadas no mundo atual.

As terras que pertencem hoje ao município e que antes eram habitadas pelos índios Puris, foram invadidas por colonizadores no século XVI sendo que, só a partir de meados do século XIX que os primeiros grupos de colonizadores portugueses se estabeleceram  na região e passaram  a se dedicar à cultura do café, cujas plantações, logo, recobriram vastas extensões que, antes, eram  ocupadas por mata virgem.

A cidade de Rio das Flores tem sua história na construção da primeira capela dedicada a Santa Thereza que deu nome ao núcleo urbano que crescia ao redor, foi elevada a Vila de Santa Thereza em 1890, cidade de Santa Thereza em 1920 até se tornar Rio das Flores no ano de 1943. A igreja Matriz de Santa Thereza D’Ávila guarda, entre os fatos importantes da nossa história, os registros de batismo de Alberto Santos Dumont e de sua irmã Sophia em fevereiro de 1877.

O município de Rio das Flores, região fluminense serrana do Estado do Rio de janeiro fica a 178 km da capital carioca, situada a 525 metros acima do nível do mar, distribuído em 4 distritos: Rio das Flores (sede), Manuel Duarte (2 Dist), Taboas (3 Dist.) e Abarracamento (4 Dist). Este pequeno, simpático e acolhedor município possui o maior número de fazendas e construções históricas da região; além de contar com cachoeiras, mirantes e trilhas para os amantes e adeptos da natureza. Tanto na região central como nos arredores, existe uma infinidade de atrativos naturais e culturais. Dentre os atrativos turísticos, destaca-se as antigas fazendas do período áureo do Ciclo do Café. Muitas em perfeito estado de conservação se tornaram pousadas ou estão abertas a visitação com guias locais.

A Fazenda Paraízo é um exemplo da riqueza desse período. Foi construída pelo Visconde do Rio Preto em 1853, preserva os salões e os cômodos originais, com papeis de parede vindos da França e móveis e lustres do século XIX. Considerada uma joia arquitetônica, o casarão sediou suntuosas festas, no passado, das quais a Princesa Isabel e seu esposo o Conde D’Eu participavam.

Outro exemplo de conservação é a fazenda União que funciona como hotel histórico de luxo. Possui um museu de peças raras, ambientação da senzala com exposição de esculturas realistas e apresentação de jongo, exibido por um grupo de quilombolas da região (Jongo de São José da Serrinha). Visitação mediante reserva antecipada.

As pequenas vilas que se formaram às margens do Rio Paraíba do Sul, por vezes sem charme algum, não nos fariam, naquela época, nos aventurar pelo interior fluminense.  Porém quando imaginamos e nos damos conta que por essas estradas sinuosas, empoeiradas, de barro, entre colinas e cercadas de verde nos deparamos com palmeiras imperiais que nos levam aos imensos palacetes imponentes, saídos de outro século, nos fazendo mergulhar, de imediato, diante da riqueza de um passado e da arquitetura , na História de um Brasil da idade de ouro do café.

Combinando a História e as belas paisagens naturais, a região que é cortada pelo rio do mesmo nome, Rio das Flores, pode ser seu roteiro para sua próxima escapada.

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