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Simpósio UPPES de educação reúne centenas de educadores

Matéria enviada por direção UPPES

O Simpósio UPPES de Educação reuniu cerca de 200 participantes, na última quarta-feira, 9 de outubro, na Casa do Professor, em Pendotiba, Niterói-RJ, com o tema: “Autismo: Compreender, Conhecer e Incluir”.  Com inscrições gratuitas, o evento  foi um marco importante no debate sobre inclusão de pessoas com o Transtorno do Espectro Autista (TEA) na sociedade, reunindo educadores de diversas regiões do estado do Rio de Janeiro.

O presidente da UPPE- Sindicato, prof. Dr. Stelling, fez a abertura do evento com um discurso de boas-vindas, destacando a importância do simpósio para a ampliação do conhecimento e as práticas inclusivas no ambiente educacional, bem como no cotidiano da população. “Assumimos, em fevereiro deste ano, a presidência da UPPE-Sindicato, com uma das metas de realizar uma profunda integração do sindicato com a sociedade, assim como a educação. No próximo ano, a UPPES completará 80 anos e um dos passos mais significativos para essa integração são, sem dúvida, momentos como este, em que podemos ouvir, falar e trocar experiências. Essas trocas são absolutamente essenciais para atender às necessidades da educação”, afirmou.

Diversos especialistas e palestrantes compartilharam seus conhecimentos e experiências abordando desde aspectos clínicos do autismo até práticas pedagógicas que promovem a inclusão. Houve, também, a exposição da Feira da Casa Atípica, proporcionando também troca de ideias e de boas práticas.

O coordenador do Núcleo de Ensino da UPPES, Cláudio Joaquim dos Santos, fez a abertura do ciclo de palestras da manhã e destacou as várias nuances da educação inclusiva. “Nosso objetivo é compartilhar saberes. Algo que me incomoda muito, por exemplo, quando falamos que nosso primeiro evento era sobre TEA, ouvi que esse assunto está na moda, né? Não é que está na moda. Nós não estamos fazendo um evento sobre TEA porque está na moda. Fazemos porque é importante compartilhar saberes, compartilhar conhecimentos. Só quem é pai, professor, filho ou está dentro do espectro sabe a necessidade. Então não tem nada a ver com moda, é necessidade”, frisou.

O educador também ressaltou a necessidade da sociedade conhecer seus direitos. “Nós temos que compartilhar saberes, nós temos que lutar e conhecer os direitos. Vocês devem saber a dificuldade de matricular um aluno com TEA numa sala de aula com um professor de apoio”, assinalou. Segundo ele, estar atento aos direitos são fundamentais para alcançar o pleno desenvolvimento desses alunos.

Já a coordenadora do Núcleo de Psicologia da UPPES, Jacqueline Vasconcellos ,enfatizou o quanto enriquecedor estava sendo o evento, uma vez que diversas formas e saberes estavam sendo compartilhados. A psicóloga fez a abertura do segundo ciclo de palestras. “Esse evento é de suma importância para todos nós, tanto educadores que lidam com o desafio diário da educação inclusiva, assim como os pais que precisam do conhecimento necessário para promover mais qualidade de vida”, afirmou.

O simpósio, que ocorreu das 8h às 16h, proporcionou importantes aprendizados aos participantes, além de reforçar a necessidade de capacitar os educadores para lidar com as particularidades das pessoas com TEA, oferecendo suporte não apenas para o ensino, mas também para o desenvolvimento social e emocional. O evento foi um sucesso e já foi confirmado pelo presidente da UPPES, prof. Dr. Stelling, a edição de 2025.

Os palestrantes foram:

Bianca Fonseca – M.s. Psicanalista Clínica e Forense; Terapeuta do Desenvolvimento; Psicoterapeuta Infantil; Ludoterapeuta; Neuropsicopedagoga, psicomotricista e neurocientista. Esp. em terapia neurofeedback; Esp. em terapia TDCS. Ex-Chefe de Serviço – Atendimento Multidisciplinar Infantil – SCMRJ. Especialista em Neurociências e Aprendizagem (IPUB/UFRJ); Mestre em Linguística e Metacognição (IL/UERJ); Esp. Human Neurophysiology. Duke  University, U.S. ; Esp, ADHD, University of Pennsylvania,U.S

Cler Orbato – Psicóloga formada na abordagem TCC (Terapia Cognitiva Comportamental) pela Universidade de Marília em São Paulo,  especializada em ABA (Análise do Comportamento Aplicado) e Neuropsicologia, esta pelo Instituto Albert Einsten, atua como Neuropsicóloga na Clínica Metta Psicologia & Saúde com Avaliação e Reabilitação Neuropsicológica e também é professora convidada da Universidade Estácio de Sá.

Dayse Serra – Doutora em Psicologia pela PUC- Rio,  Mestre em Educação Inclusiva, Professora da Universidade Federal Fluminense, Pedagoga, Psicóloga, Psicopedagoga

Lilian Carvalho – enfermeira com experiência docente e assistencial em atenção básica e hospitalar no SUS. Servidora pública federal. Mestra em Ciências (Saúde Pública) pela Fiocruz. Especialista em Promoção da Saúde e Desenvolvimento Social (FIOCRUZ),  Especialista em Neurociências, Educação e Desenvolvimento Infantil (PUCRS). Especialista em Educação na Saúde (SÍRIO LIBANÊS). Tem capacitações em reconhecimento, diagnóstico e intervenção no TEA e Habilidades Sociais no TEA (CBI OF MIAMI). Palestrante e ativista pela inclusão de pessoas com deficiência. Integrante do Grupo de Estudos e Pesquisa sobre o Autismo (NEPA) da UFF e professora do CAAF (Centro Anticapacitista Analítico Funcional). É mãe da Alice, que tem 9 anos, autista nível 1 de suporte.

Paulo Carvalhosa – Pai da Alice, ativista pelos direitos das pessoas com deficiência; Professor de educação física pela UFRJ, MBA em empreendedorismo pela FGV Personal trainer, educador, palestrante, escritor; Autor do Ebook “AUTISMOFLIX – a romantização do autismo nas séries de TV; Adm do grupo de WhatsApp “De pai para pai”; Adm do IG @paisalemdoespectro