Recentemente houve-se o lançamento dos novos modelos da Apple, que é o sonho de consumo de grande parte da população no quesito aparelhos tecnológicos.
Com preços no Brasil variando de R$6.000 a alarmantes $15.000 reais, a nova linha de smartphones segue a anterior, não vindo com carregador de parede e nem fones de ouvido; continuam com o mesmo design, tendo apenas modificações em sua câmera e o abandono da versão de 64g na sua nova linha, fazendo com que todos os modelos da nova geração tenham memória mínima de 128g.
Dias antes de seu lançamento oficial levantou-se os rumores de que os novos celulares viriam sem entrada de carregador a cabo, mas contrariando as fofocas espalhadas, a Apple manteve seus celulares com a entrada de carregadores habitual, deixando os de indução apenas como opcional.
Suas concorrentes seguem seu exemplo, preços exorbitantes a cada nova geração, menos acessórios adquiridos na compra do aparelho e pouquíssimas e insignificantes atualizações, o que não justifica tais valores.
Atrelado a todos os pontos salientados, entra a impossibilidade do consumo a grande maioria da população. A cultura imposta é a seguinte: os tais influencers digitais em massa utilizam hegemonicamente uma marca de telefone que são incrivelmente caros, ditando, implicitamente, a regra de que a marca x é a melhor e que os demais aparelhos são inferiores. Não estou dizendo aqui que a marca x ou y está errada ou que a atitude de influenciadores b ou c está incorreta, o que quero dizer é que, sem perceber, exaltamos algo que poderia ser melhor em diversos fatores e que acabamos contribuindo para que essa cultura de que apenas uma marca serve ou é a melhor de todas, o que é uma inverdade.
Será que o que é mais caro é sempre o melhor? Para cada necessidade há um tipo de aparelho, marca e preços diferentes. É válida a reflexão para que não viremos massa de manobra.
Aisha Raquel Ali
Webdesigner, assessoria em social media e marketing
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