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STF suspende julgamento de prisão especial para curso superior

No último sabado (19), o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Dias Toffoli fez um pedido de vista e para o julgamento que analisa a questão da prisão especial para as pessoas que possuem ensino superior completo. O pedido paralise a análise um dia após o julgamento ter sido iniciado pela corte.

O julgamento começou na última sexta-feira (18) em plenário virtual do STF. O relator do caso, ministro Alexandre de Moraes, e a ministra Cármen Lúcia tinham votado para derrubar o direito de prisão especial, com cela solitária, para portadores de diploma de curso superior.

Em 2015, o então procurador-geral da República, Rodrigo Janot, apresentou uma Ação de Descumprimento de Preceito Fundamental (ADPF) contra a prisão especial para quem tem curso superior. Segundo ele, o grau de escolaridade não tem relação lógica com a distinção na forma de prisão nem com as finalidades buscadas pela Constituição.

No relatório, Moraes escreveu que o benefício é inconstitucional e fere o princípio da isonomia. Segundo o ministro, a prisão especial transmite a “inaceitável mensagem” de que pessoas sem nível superior “não se tornaram pessoas dignas de tratamento especial por parte do Estado, no caso, de uma prisão especial” e contrapõe-se aos objetivos da Constituição de construir uma sociedade justa e de reduzir as desigualdades sociais.

O STF não tem prazo para retomar o julgamento. Uma nova data dependerá de quando o ministro Toffoli devolverá o pedido de vista e apresentará seu voto no processo.

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