Jornal DR1

Ars Gratia Artis: Diante da Terra Eterna

(por Khalid)  Ando pelas areias do tempo, sem rumo  O deserto interminável se estende ao céu  Sua margem ilusória, faceira, reflete o escuro  Em delírios instintos, fomenta padrão cruel  O ciclo que rouba nunca devolve  Em carne viva, cria hipócrita realidade  Morrendo de sede, meu rosto chove;  Falsa beleza prometida ao solo que arde  Ainda… Continue a ler Ars Gratia Artis: Diante da Terra Eterna

Ars Gratia Artis: Onde a luz não toca

Túnel. Túnel que expande; túnel que sente, mesmo sem se sentir. Túnel que encolhe a farta colheita nascente da anciã verdade. A boca do túnel não enxerga o bem ou o mal; apenas consome. O caminho formado de dentro de suas bifurcações ilusórias observa, indiscriminadamente, aqueles que se perdem diante da escuridão vagante das rachaduras… Continue a ler Ars Gratia Artis: Onde a luz não toca

Ars Gratia Artis: 5 Pontas

Pelo controle, as cinco pontas permanecem soberanas. Do enorme pilar de carne, uma plataforma irregular traçada germina cada uma delas; cada uma das cinco pontas. Uma ponta. Duas pontas. Três pontas. Quatro pontas. Cinco pontas. Às vezes, seis pontas. Às vezes, nenhuma. Contudo, cinco pontas são as mais comuns nessas terras. Elas são o que… Continue a ler Ars Gratia Artis: 5 Pontas

Ars Gratia Artis: As Cartas Verdes: Cartas 2 e 3 de Álvaro Roux Rosa

Carta 2: Morte e a Certeza Paradoxal Eu o saúdo, seja quem for que estiver lendo essa carta. Se a encontrou, peço que não apenas a leia, mas sim a entenda. A morte é dita como a maior certeza da vida, como se fosse a única real verdade. É um “fato” apresentado de maneira fria… Continue a ler Ars Gratia Artis: As Cartas Verdes: Cartas 2 e 3 de Álvaro Roux Rosa

Ars Gratia Artis: As Cartas Verdes

Álvaro Roux Rosa Carta 1: Metade do Infinito Eu o saúdo, seja quem for que estiver lendo essa carta. Se a encontrou, peço que não apenas a leia, mas sim a entenda. Quero que pense em tudo o que existe de uma vez só. Difícil, não? Seria praticamente impossível. Já vivemos nossos dias sendo bombardeados… Continue a ler Ars Gratia Artis: As Cartas Verdes

Ars Gratia Artis: Reestreia de ‘Antes que Seja Tarde’ no Teatro Vannucci

Vânia de Brito, atriz, diretora, professora de interpretação e roteirista leva ‘Antes que seja tarde’ ao palco do Teatro Vannucci, no Shopping da Gávea. A direção é do notável Delson Antunes e se trata de adaptação dramatúrgica de Antonio Januzelli e Rodolfo Amorim do livro “Cuide dos pais antes que seja tarde” (Bertrand, 2018), de… Continue a ler Ars Gratia Artis: Reestreia de ‘Antes que Seja Tarde’ no Teatro Vannucci

Ars Gratia Artis: O trator voador, ou da liberdade

Extraído da coletânea ‘Aventuras Uranianas’ Os sábados de manhã são literários na medida em que eu e Thomás os tornamos.  A troca de carícias dele com uma índia que eventualmente vende artigos de sua tribo, em frente às Lojas Americanas do Largo do Machado; suas conversas com as estátuas vivas, pintadas de verde, marrom ou… Continue a ler Ars Gratia Artis: O trator voador, ou da liberdade

Ars Gratia Artis: O ocultamento dos fenômenos circulares (Parte II )

A experiência de fazer fogo é também uma prática do Tao muito enriquecedora. O desafio é saber escolher os gravetos certos na hora certa. E, usar cada vez menos recursos tecnológicos. Não é à toa que o fazer fogo é uma prática sagrada entre os nossos índios, eles têm plena consciência que ao fazê-lo estão… Continue a ler Ars Gratia Artis: O ocultamento dos fenômenos circulares (Parte II )

Ars Gratia Artis: O Homem e o Mar

Homem livre, o oceano é um espelho fulgenteQue tu sempre hás-de amar. No seu dorso agitado,Como em puro cristal, contemplas, retratado,Teu íntimo sentir, teu coração ardente. Gostas de te banhar na tua própria imagem.Dás-lhe beijo até, e, às vezes, teus gemidosNem sentes, ao escutar os gritos doloridos,As queixas que ele diz em mística linguagem. Vós… Continue a ler Ars Gratia Artis: O Homem e o Mar

Ars Gratia Artis: Paranoia

Ele me observa. O dia todo. Todos os dias. Eu sei onde ele está. Eu sei o que ele quer. Mas eu não posso chegar aos seus pés. Eu peguei um ônibus mais cedo. Eu vi os seus olhos no retrovisor do veículo. Quando me sentei, senti sua pequena mão sobre o meu ombro. Ele… Continue a ler Ars Gratia Artis: Paranoia