A escolha de Luiz Mello como CEO da Vasco SAF, sendo torcedor do Flamengo, é um exemplo claro de como as decisões emocionais podem prejudicar a gestão profissional de um clube de futebol. Ao colocar um torcedor do grande rival em uma posição de liderança, é inevitável questionar sua competência para o cargo e se o seu coração de torcedor pode realmente ser deixado de lado em momentos decisivos.
No mundo do futebol, as rivalidades são intensas e apaixonadas. Imaginar um torcedor do Corinthians no comando do Palmeiras, um gremista no Internacional, um torcedor do Bahia no Vitória, um torcedor do Boca Juniors no River Plate, ou ainda um adepto do Barcelona no Real Madrid, parece algo absurdo e impensável, não é mesmo?
Afinal, seria difícil acreditar que essas pessoas seriam capazes de tomar decisões imparciais e realmente objetivas em prol do sucesso do clube que estão gerindo.
Infelizmente, o exemplo do Vasco SAF com Luiz Mello mostra que o coração de torcedor pode sim ser um empecilho para uma gestão eficiente e profissional. Os torcedores tinham todo o direito de desconfiar da escolha desde o início, e a raiva que muitos expressaram acabou sendo justificada. A lentidão na tomada de decisões, a falta de um olhar verdadeiramente voltado para o bem do clube e a aparente resistência em abrir o bolso são indícios claros de que as emoções podem ter prevalecido sobre a racionalidade.
A gestão de um clube de futebol é uma tarefa complexa, que envolve aspectos financeiros, técnicos, administrativos e, acima de tudo, estratégicos. É fundamental que as decisões sejam pautadas no conhecimento do mercado esportivo, na experiência em liderança e administração, e não em preferências clubísticas, a não ser que essas preferências sejam em benefício do clube gerido.
Em conclusão, a escolha de Luiz Mello como CEO da Vasco SAF, sendo torcedor do Flamengo, foi um erro que trouxe consequências negativas para o clube. Mostrou-se que o coração de torcedor, apesar dos pesares, pode ser um empecilho para uma gestão bem-sucedida. O caso serve como um alerta para que outros clubes evitem cometer o mesmo equívoco no futuro e busquem sempre profissionais capacitados e imparciais para liderar suas instituições. O futebol merece uma gestão séria e comprometida com o sucesso do clube, independentemente das rivalidades clubísticas.