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Távola Redonda: Zagallo Eterno – 13 letras

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Mário Jorge Lobo Zagallo, outrora conhecido como Formiguinha, posteriormente Zagallo e Velho Logo, deixou o plano terreno na última sexta-feira (5), mas assim como Pelé, o tetracampeão mundial é uma figura lendária em todo o mundo do futebol, cuja importância transcende as linhas do campo. Sua trajetória e contribuições para o esporte o elevam a um patamar especial, marcando-o como um ícone que deixou uma marca na história do futebol.

Alagoano, nasceu em 9 de agosto de 1931, sua vida foi no Rio de Janeiro, onde Zagallo dedicou toda uma vida ao esporte que tanto amava. Sua jornada como jogador começou no America, conquistou títulos por Flamengo e Botafogo, além da Seleção Brasileira, onde sua habilidade excepcional e paixão inabalável rapidamente o destacaram. No entanto, foi como treinador e, sobretudo, como membro fundamental das comissões técnicas vitoriosas que Zagallo se tornou uma figura inesquecível.

Ao longo de sua carreira como treinador, Zagallo conquistou feitos extraordinários. Mas é impossível falar sobre sua importância sem destacar a emblemática conquista da Copa do Mundo de 1970, no México, quando ele liderou a seleção brasileira rumo ao tricampeonato, quando se tornou o primeiro a ser campeão do mundo como jogador e treinador.

A maneira como ele moldou aquela equipe, combinando técnica refinada com uma abordagem estratégica única, permanece como um dos pontos altos da história do futebol.

Zagallo participou de quatro dos cinco títulos mundiais da seleção brasileira, além de 1958 e 1962 jogando e em 1970 como treinador, 24 anos depois lá estava ele, como coordenador técnico da seleção treinada pelo amigo Carlos Alberto Parreira. No mundo do futebol, Zagallo é o único a ter quatro títulos mundiais. Fora sua participação nas Copas de 1974, 1998 e 2006.

Zagallo personifica a essência do futebol brasileiro, com seu estilo autêntico e uma mentalidade que transcende as fronteiras do esporte.

No coração de sua importância está também o fato de que Zagallo era mais que apenas um treinador; ele era um mentor, um líder que entendia a alma do jogo. Sua presença nos bastidores seja como técnico, coordenador ou consultor, contribuiu para moldar o destino de equipes que se tornaram lendárias.

Assim, ao olharmos para a história do futebol, vemos Zagallo como uma figura eterna, cujo legado não se limita aos títulos conquistados, mas sim à maneira como ele personificou a paixão, a determinação e a genialidade no esporte mais amado do mundo. 

Tudo o que se escrever ou se falar de Zagallo será pouco, já que sua importância transcende as páginas dos livros e permanecerá viva nos corações daqueles que amam o futebol.

Fica a menção de solidariedade ao futebol alemão pela partida do Kaiser Franz Beckenbauer. Em 1990 repetiu o feito de Zagallo ao se tornar campeão mundial como jogador (1974) e treinador. Dois gênios do futebol que se despediram neste janeiro de 2023.

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