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Território Yanomami se torna a primeira região do Brasil a receber medicamento para cura da malária

Foto: Igor Evangelista/MS

Medida faz parte das ações do Ministério da Saúde frente à emergência de saúde pública no território indígena, onde a malária ainda é uma doença endêmica

O Ministério da Saúde incorporou a Tafenoquina 150mg, remédio em dose única para a cura da malária, e o território Yanomami, localizado em Roraima, é a primeira região do Brasil a receber o medicamento. A oferta no sistema de saúde é um ganho para a população, uma vez que o novo tratamento é mais rápido e efetivo. O material já chegou ao estado e o quantitativo atende a necessidade de toda a população local nos próximos seis meses.

O envio de 8 mil esquemas de tratamento para o Distrito Sanitário Especial Indígena (Dsei) Yanomami, segundo o Ministério, é uma das ações de resposta à emergência de saúde pública no território indígena, onde a malária é considerada uma endemia.

A oferta do medicamento é resultado de uma grande articulação de diversos órgãos e entidades deste governo, já que envolveu áreas de pesquisa, de vigilância em saúde, de incorporação tecnológica e logística, com foco em ter resultados sobre o uso do medicamento em regiões endêmicas e utilizar esses dados para avaliar a incorporação.

Só no ano passado, foram notificados 30.972 casos de malária no DSEI Yanomami. Destes, 21.685 são casos de malária vivax e 9.287 de malária falciparum ou mista (SIVEP Malária). O medicamento é usado para o tratamento da primeira. O enfrentamento à doença tem sido tratado como prioridade pela atual gestão, que tem atuado de forma articulada junto a outros ministérios e instâncias do governo.

Para além do atendimento aos indígenas yanomamis, o remédio também será disponibilizado para todo o Brasil e novos quantitativos estão disponíveis conforme a necessidade. Carlos Gadelha, secretário de Ciência, Tecnologia e Inovação e do Complexo Econômico-Industrial da Saúde do Ministério da Saúde, acredita que o acesso à tafenoquina exemplifica a necessidade de que as inovações na saúde beneficiem a população.

“Estamos fortalecendo a inovação tecnológica no SUS, de forma que a ciência e a tecnologia respondam às necessidades da população. Esse é um medicamento com potencial de cura, ou seja, capaz de dar vida para as pessoas que estiveram por muito tempo negligenciadas e vulnerabilizadas. Por isso, é importante sempre destacar que o nosso compromisso é com a vida e saúde de todos os brasileiros”, salientou.

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